Como a nova realidade de fakes e partidarismo tira protagonismo da mídia

Já não há mais controle nem supremacia da mídia tradicional sobre os fatos e a velocidade com que são divulgados na conjuntura, a partir da constatação de que as Redes Sociais eliminaram o domínio antes dos veículos e profissionais de comunicação.

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Marcos Santos
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 Palavras chave computador, computadores, informação, internet, navegar, Tecnologia
Fotógrafo Marcos Santos / USP Imagens Palavras chave computador, computadores, informação, internet, navegar, Tecnologia (Foto: Walter Santos)


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Para não viver de teses, somente delas, foquemos a análise contemporânea em torno de dois cenários reais - os Estados Unidos e o Brasil -, boa base de avaliação do exercício do Jornalismo em curso em que absurdos são cometidos sem nenhuma reação mais forte da sociedade formadora de opinião - esta tomada de equívocos e contra-sensos validando o "status quo" do que agora abordamos. Afora tudo e a práxis ética deteriorada em algumas situações, o Jornalismo perdeu em muitos casos o Protagonismo da velocidade da informação chamado de Furo para o(a) mais anônimo(a) das pessoas.

O advento das redes sociais trouxe com ela a revolução silenciosa diante de uma estrutura / plataforma na qual a propalada liberdade de expressão não consegue impedir que, em nome dela, absurdos e violências sejam cometidos para a imposição de interesses específicos em detrimento da Pós Verdade prevalecente.

Neste mar de tamanho incalculável de informações eis que o Jornalismo e sua base estrutural, através dos veículos de comunicação, convivem com realidade desruptiva, ou seja, de mudança radical na formatação processual de produção e mercado tendo os valores para auto sustentação desabado diante da cultura de Uberização em curso.

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FATOS CONCRETOS DE MAU EXEMPLO

Na maior potência do Mundo, por exemplo, o presidente Donald Trump, maior autoridade existente, pisoteia a soberania da liberdade de expressão ao se confrontar com todas as estruturas de comunicação que, por dever da boa informação, reproduzem as mazelas e absurdos cometidos pelo exótico e ultra direitista líder do nacionalismo americano.

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Trata- se de uma situação muito diferente do Brasil posto que, diferentemente do caso americano, a cena brasileira expõe a Grande Midia tomada de partidarismo incomum, historicamente nunca visto como recentemente, porque os veículos deixaram a base de condutores da informação para interferir nesta cena e contexto na famosa Pós Verdade.

No caso dos EUA, Trump vive em conflito de guerra permanente com os principais veículos de comunicação em nome de um autoritarismo inaceitável nos tempos de agora. Em síntese, este é outro cenário do trato da informação porque é o Poder de plantão a grande ameaça e não o contrário, a exemplo do Brasil.

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MESMO SEM PROTAGONISMO

Já não há mais controle nem supremacia da mídia tradicional sobre os fatos e a velocidade com que são divulgados na conjuntura, a partir da constatação de que as Redes Sociais eliminaram o domínio antes dos veículos e profissionais de comunicação.

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No Brasil, há uma cena contraditória na qual o Poder político da Grande Mídia se estabeleceu no comando e direcionamento dos fatos, como tem se dado desde o resultado das eleições de 2014 não aceitando a reeleição de Dilma Rousseff tanto que foi parte decisiva do Impeachment da presidenta, hoje comprovadamente, produzido por esquemas corruptos avalizados pela própria Mídia.

Noutro ponto, contraditoriamente, a nova estrutura advinda da WEB e das redes Sociais o que se atesta é a Uberização de preços e de estrutura fazendo muitos veículos tradicionais não suportarem a manutenção de seus negócios.

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UMA NOVA ONDA

Na base, por fim, está a nova onda tirando definitivamente o protagonismo da informação imediata dos veículos tradicionais.

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E isto se Traduz em empedramento da sociedade formadora de opinião, seja com qual interesse que for. O Furo já não é mais propriedade dos Jornalistas nem da Mídia tradicional. 

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