Como a crise no PSDB e o novo manequim de Marta Suplicy favorecem Haddad em São Paulo

Ninguém se iluda, se vencer as eleições em São Paulo, Haddad passa a ocupar o papel e/ou missão hoje reservada exclusivamente ao ex-presidente Lula

SÃO PAULO, SP, 31.10.2013: SPCINE/SP - O governador Geraldo Alckmin, o prefeito Fernando Haddad e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, durante cerimônia do lançamento do projeto de lei de criação da SP Cine - Empresa de Cinema e Audiovisual, na praça das
SÃO PAULO, SP, 31.10.2013: SPCINE/SP - O governador Geraldo Alckmin, o prefeito Fernando Haddad e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, durante cerimônia do lançamento do projeto de lei de criação da SP Cine - Empresa de Cinema e Audiovisual, na praça das (Foto: Walter Santos)


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Não precisa ser Cientista Político formado na USP para identificar de cara, sem dificuldades, um fato relevante em curso no processo político – partidário de São Paulo: o processo de autofagia do PSDB na Capital, sobretudo, expondo diferença grave entre suas maiores lideranças com a convenção do último domingo produzindo feridas difíceis de serem superadas. Imaginem o que ter o governador Geraldo Alckmin no foco do pedido de Impeachment dentro de seu próprio partido.

Soma-se a esta realidade tucana, noutro patamar, a fragilidade discursiva e de postura da senadora Marta Suplicy por todo seu vinculo e apologia recente ao Legado de Eduardo Cunha.

Conjuntura desta natureza termina por permitir cenários de recuperação do prefeito Fernando Haddad, que se mantém como nome forte para a sucessão paulista.

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Ninguém se iluda, se vencer as eleições em São Paulo, Haddad passa a ocupar o papel e/ou missão hoje reservada exclusivamente ao ex-presidente Lula.

A AUTOFAGIA TUCANA

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Nunca mais o PSDB será o mesmo depois das cenas deprimentes expostas por militantes dos três candidatos à sucessão municipal – Andrea Matarazzo, João Dória e Ricardo Triploli, no último domingo, não só pela selvageria entre partidários, mas pela famigerada compra de votos de cabos eleitorais levando o partido às priscas eras do retrocesso político.

Mas, o mais forte em tudo mesmo, está acima das práticas execráveis do último domingo porque mexe com o Ego exacerbado dos principais lideres em São Paulo – FHC, Geraldo Alkmin e José Serra em plena desarmonia típica de fim-de-festa.

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Na prática, pelo que se desenha à vista há terreno fértil na direção de racha entre eles com cada um buscando caminho diferente para 2018, sobretudo entre Alckmin e Serra, cada um se sentindo maior do que o outro visando a sucessão presidencial.

Vão rachar até deixar o partido, e isto terá consequência séria para o futuro tucano que, a rigor, viver a exaustão de estar no poder há mais de 20 anos no maior Estado do Pais já passando pela Prefeitura sem resolver graves demandas e problemas.

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A CENA DE MARTA

Seu mérito de ter densidade eleitoral ninguém tira dela, não só nos Jardins, mas em áreas populares onde ela atuou quando prefeita e tinha convicção de que o PT era a maior referência partidária do Brasil. Usou ao máximo deste argumento, até demandar ao sinal dos primeiros problemas éticos no partido.

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Marta com novo novo manequim de PMDB paulistano não encontrará moleza à frente, mesmo porque seus últimos atos de exposição pública ao lado e defendendo Eduardo Cunha ainda vão lhe fazer muitos dissabores, até mesmo a possibilidade de não deslanchar como pretende.

A última posição dela de assumir compromisso de retroceder a questão da velocidade na Capital mostra atitude desconforme com a lógica dos tempos atuais no quesito mobilidade urbana. A redução em curso tem produzido efeito positivo na redução de óbitos e acidentes – saldo este que não pode ser trocado por cenas de espetáculo midiático, para atender aos velocistas do trânsito.

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SEM ALARDES, A REFORMA DE HADDAD

Como a Midia em São Paulo é anti-PT ao longo dos três últimos anos, o prefeito Fernando Haddad conviveu com o tratamento desigual e longe do jornalismo praticado pelos veiculos em tempos passados. Pagou o pato, como se diz lá na Torre, diante de inúmeras grandes decisões tomadas repercutindo fortemente na sociedade e na vida urbana da cidade.

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A partir dos novos parâmetros do Plano Diretor de São Paulo tocando em questões tabus do Urbanismo e da Mobilidade não mexidas à Décadas, da mesma forma que as medidas de Gestão ajustando as Contas em nivel capaz de projetar a possibilidade futura próxima de atrair Dinheiro novo para obras e serviços permitem identificar a Administração Haddad com resultados capazes de levá-lo ao segundo turno e à reeleição.

A extinção da Cena decadante da Cracolândia traduz bem a atitude de resultados que certamente será elemento de debate e confrontamento da atual gestão com as demais em nivel de lhe fazer diferenciado em comparação a outros concorrentes.

Como disse, ainda é cedo para falar de indicativos mais consistentes, mesmo assim a fragilidade em curso na parte de seus adversários faz Haddad estar no processo construindo a superação.

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