Começaram os mimimis da torcida fanática do Aécio Futebol Clube
Mainardi, Azevedo, Merval, Roger, Lobão, Tuma, Jabor e os demais profetas do apocalyspe imaginário verde-amarelo, suas bestas quadradas, voos internacionais partem todos os dias do Brasil para o exterior
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Derrotados no segundo turno que acabou dia (26) do mês passado, simpatizantes extremistas de Aécio Neves, fundaram o seu clube virtual, para reivindicar os resultados das eleições e com isso tentar conseguir o impeachment(?) da presidenta - reeleita numa votação histórica - Dilma Rousseff.
Iniciado nas redes sociais logo após o anúncio na mídia da vitória da presidenta, os movimentos (antissociais e antidemocráticos, diga-se de passagem), tomaram conta do whats app, do facebook e óbvio do twitter, que são as redes sociais mais utilizadas pelos brasileiros. Com a divulgação equivocada de que o nordeste elegeu Dilma, uma enorme campanha discriminatória e separatista contra o nordeste tomou corpo rapidamente pelos internautas, o gerando centenas de milhares de discussões e conflitos regionais por todo o País.
Pessoas conhecidas desdenharam do povo brasileiro e disseram que iam mudar-se para outros Países, artistas usaram frases de efeitos para expressar suas indignações, um mimimi tremendo se formou dividindo opiniões e alertando para um problema que certamente viria na sequencia: As intermináveis e abusivas manifestações ideológicas, sectárias, imbecís, desnecessárias, antidemocráticas e despropositais.
Querem transformar a federação brasileira numa imensa “Palestina”. São Paulo, mas precisamente a Avenida Paulista, numa enorme e temerosa “Faixa de Gaza”. E pasmem! Estimulam os paulistas a fazerem o papel dos “Árabes” e os nordestinos dos “Judeus”. Ou seja querem transformar a política nacional em fanatismo religioso.
Já dizia um velho ditado popular : “Política, futebol, religião e mulher, não se discute.” Em outras palavras, esse ano foram muitos os divisores de águas. A seleção brasileira (a mais favorita) perdeu de 7 x 1 para a Alemanha na Copa do mundo. O país do futebol assistiu incrédulo a esse placar e virou chacota no mundo inteiro. Nesse mesmo espetáculo futebolístico, vaiaram a Presidenta Dilma, na frente de centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro.
Em seguida, manifestações, Blá-blá-blá , Ti-ti-ti e Nhém,nhém,nhém. Dilma se reelege com mais da metade dos votos do país. Imediatamente uma faixa imaginária divide o País ao meio, numa reedição instantânea do tratado de Tordesilhas. Só que ao invés de Portugal e Espanha, Paulistas e nordestinos. Mas afinal, como pode acontecer isso, no lugar fora do nordeste, que tem a maior concentração de nordestinos por metro quadrado? Em outras palavras, São Paulo acolheu (e não!) milhares deles que vieram tentar “sonho brasileiro” ou o até “brasiliam dream”, que foi o de conseguir uma boa formação, emprego e renda, nas décadas de 50,60,70, e por aí vai...
Hoje com o mundo e o País globalizado, não é mais necessário. As mesmas informações que antes chegavam aos grandes centros, hoje chega com a mesma velocidade na cidades mais remotas do agreste nordestino.
Como diria o mestre e poeta Ariano Suassuna : “Não troco o meu Oxente, por ok de ninguém!” (Parafraseando: Fela da puta nenhum).
Quero deixar claro aqui e agora, que sou terminantemente contra todo e qualquer ato discriminatório e racista em todas as esferas possíveis e imagináveis. Principalmente nas de gênero, sexo, raça, cor, política, esportiva e sobretudo religiosa.
Termino esse texto repudiando os atos racistas contra os nordestinos ( porque também me considero um) e afirmando, que se eu fosse a presidenta Dilma e/ou integrantes do Congresso Nacional, jamais em tempo algum permitiria que atos dessa natureza tomassem corpo por aqui, desconstruindo tudo que foi conseguido às duras penas desde a época da ditadura.
Sou do Norte, mas precisamente de Belém, mas meu coração é de Anis, talvez porque fui criado e letrado em São Luís.
Gosto de São Paulo, de paulistas e paulistanos. Dos jardins, da liberdade e até do MIS. Do sanduiche de Mortadela, do terraço Itália e até da 25. Mas não gosto do desprezo, rancor e raiva do povo nordestino. Não esse não é o meu Brasil. Não pode ser o Brasil de todas as cores e todas as raças. Esse aí que está de luto, é o Brasil de quem não luta pra conseguir o que comer e o que vestir. O País dos coxinhas engravatados, que disfarçados, querem pintar a cara para esconder a verdadeira face. Esses que querem os caras-pintadas de voltas é que são os verdadeiros fascistas do mal. Querem o caos, querem desestabilizar a ordem nacional. Querem mudar a constituição, extraindo (a ferro e fogo se for preciso) dela a palavra DEMOCRACIA. Ninguém nunca iria desistir do País, mas para isso não precisam incitar a violência, quebra-querbra, criando uma resistência. O povo se manifestou, lutou anos e anos para conquistar o voto direto, conquistando legitimamente inclusive nessas eleições. Está na hora de acordar e parar de brincar com o ufanismo e utopia de gente inocente. Com todo o respeito a profissão de palhaço, que tanto nos alegra dentro e fora dos circos da vida. Afirmo que pintar a cara nesse momento e sair nas ruas das grandes cidades, é só para nos fazer sorrir de ato tão insano e cômico. Então que nos façam rir, mas com ordem, progresso e respeito ao próximo. E nunca com violência, desrespeito e racismo. Que autores de poemas sujos, blogueiros oportunistas e veículos midiáticos do PIG (Partido da imprensa Golpista), assumam as responsabilidades pela incitação ao que de pior existe no ser que se diz humano, a intolerância. Não vamos aceitar que religião, política e futebol se misturem, nem que seja preciso a força da enorme polícia poética, intelectual e federal desse País.
Mainardi, Azevedo, Merval, Roger, Lobão, Tuma, Jabor e os demais profetas do apocalyspe imaginário verde-amarelo, suas bestas quadradas, voos internacionais partem todos os dias do Brasil para o exterior. Sabem por que não vão para o Nepal meditar e encontram um ser melhor dentro de cada um? Porque o problema está justamente entranhado no interior de vocês. Ou seja o “Cú” está perto da “cabeça.” E aí pessoal, nem o grande Ivo Pitanguy resolve.
Ricardo Fonseca é publicitário, editor do blog Propagando e divulgador das causas midiáticas.
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