Começa uma nova eleição

A impugnação de Lula, consumada ontem pela maioria do TSE muda totalmente o jogo; a eleição agora é outra; com a saída de Lula, todos os outros ganham, mas principalmente Marina; e quem mais perde é o PT; mas Haddad tem o que os outros não têm; todos sabem que ele é o cabo eleitoral mais poderoso do país

Começa uma nova eleição
Começa uma nova eleição (Foto: Ricardo Stuckert)


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Até anteontem, segundo o Datafolha, mas também segundo outros institutos, quase todos, a eleição tinha dois candidatos isolados no bloco da frente, sendo o primeiro Lula, com 39%, muito longe do segundo, Bolsonaro, com 19% e ambos muito distantes de Marina (8%), Alckmin (6%) e Ciro (5%). A impugnação de Lula, consumada ontem pela maioria do TSE muda totalmente o jogo. A eleição agora é outra. Com a saída de Lula, todos os outros ganham. Mas principalmente Marina. E quem mais perde é o PT.

Bolsonaro vai para a liderança, cresce de 19% para 22%; Marina dobra para 16%; Ciro também dobra para 10% e até Alckmin sobe para 9%. O último do pelotão principal passa a ser Haddad, com 4%.

Se fosse corrida de Fórmula-1 o carro da escuderia do PT que estava na pole position agora vai sair dos boxes.

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As pesquisas indicam grande potencial de transferência de votos de Lula para Haddad, mas no primeiro momento ele terá de tirar votos de Marina, de Ciro, de Alckmin e até de Bolsonaro para se cacifar para o segundo turno.

O grande problema será Marina. O eleitor de Lula se identifica com ela. Era pobre e é reconhecida mundialmente. Ex-ministra de Lula. Defende causas nobres e humanitárias. Não tem telhado de vidro. E tem mais: depois do debate da RedeTv! ela se firmou como a candidata anti-Bolsonaro. Se a polarização Bolsonaro-Marina prosperar, Haddad terá dificuldade para reaver os votos que eram de Lula. O eleitor de Marina não vai deixar.

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Mas Haddad tem o que os outros não têm. Lula não pode aparecer no horário eleitoral como candidato, mas como cabo eleitoral, pode, em 25% do tempo. Todos sabem que ele é o cabo eleitoral mais poderoso do país. Quando ele começar a informar ao eleitor – de alguma forma, nem que seja por letreiro se não for possível de viva voz - que votar em Haddad é o mesmo que votar nele a coisa pode mudar de figura.

Mas não se pode desprezar a hipótese de Marina atrapalhar bastante a ascensão de Haddad.

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