Começa tentativa de golpe via contas de campanha de Dilma
Agora, haverá tentativa de vincular as doações legais de empresas envolvidas na operação Lava Jato aos crimes que essas empresas cometeram
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O dia 3 de dezembro de 2014 será lembrado como o dia 1 da principal aposta do golpismo dos derrotados na eleição presidencial desse ano, a de instrumentalizar a “devassa” que o ministro do TSE e do STF Gilmar Mendes está fazendo nas contas de campanha de Dilma Rousseff.
Conforme explicado anteriormente nesta página e em outros blogs, como o de Luis Nassif ou, mais recentemente, o de Teresa Cruvinel, no site Brasil 247, haverá tentativa de vincular doações oficiais à campanha de Dilma à Operação Lava Jato.
Mais uma vez, o Blog repete a explicação do roteiro.
1 – Gilmar Mendes promove uma análise das contas de Dilma que nenhum outro candidato ao mesmo cargo que ela está sofrendo e esse fato é amplamente divulgado, gerando a sensação de que há algo errado.
2 – Constatada a higidez das contas de campanha da presidente, a rota golpista é alterada (lá pelo meio do mês de novembro). Agora, haverá tentativa de vincular as doações legais de empresas envolvidas na operação Lava Jato aos crimes que essas empresas cometeram.
3 – No dia 1 da colocação em prática do plano golpista, surge um “providencial” denunciante que verbaliza publicamente a tese que se quer vender, ou seja, de que doações legais que Dilma recebeu seriam parte de pagamento de propina ao PT.
4 – Com base nesses fatos, as contas de campanha de Dilma são rejeitadas por Gilmar Mendes – parcial ou totalmente. O valor impugnado é alto. Nesse momento, o PSDB pede ao TSE a impugnação da chapa de Dilma e Michel Temer e propõe o impeachment da presidente no Congresso.
5 – O último passo depende de fatos desconhecidos, mas a ideia dos golpistas é que o valor doado por empreiteiras a Dilma seja considerado pelo TSE determinante para a reeleição dela, levando a Corte eleitoral a impugnar a chapa Dilma-Temer, atendendo ao PSDB.
O primeiro aviso nesse sentido foi dado por este Blog no dia 21 do mês passado, paralelamente a outros alertas, como o de Luis Nassif. E a figura central nesse processo é o presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, e a entrega que fez das contas de campanha a Gilmar Mendes.
De forma praticamente inacreditável, o “sorteio” no TSE da análise das contas de campanha de Dilma fez um raio cair no mesmo lugar duas vezes. Ou seja: a análise das contas de campanha de Dilma e a dos gastos do PT com a campanha de Dilma caíram, ambas, nas mãos de Mendes.
Leia, aqui, matéria do UOL que, entre outras, faz vinculação entre doações legais à campanha reeleitoral da presidente e a operação Lava Jato. Essa será a base do que ocorrerá nas próximas semanas. A intenção é “constranger” o TSE a encampar a rejeição das contas.
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