Combater o genocídio indígena

'O governo federal deve fortalecer o Ibama, o ICMBio e a Funai para a retirada criminosos nas florestas', escreve o colunista Alberto Cantalice

Índios ianomâmis com desnutrição severa em Roraima
Índios ianomâmis com desnutrição severa em Roraima (Foto: Condisi-YY/Divulgação)


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O genocídio deliberado aos povos ianomâmis era uma tragédia anunciada no governo de Jair Bolsonaro. O capitão nunca negou seu desapreço com os povos originários. Sua campanha eleitoral já em 2018 apontava esse caminho: “A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios (sic) brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia”, dizia Bolsonaro.

O apoio entusiasmado de sojeiros que roubam terras indígenas, garimpeiros, pescadores ilegais e desmatadores na Amazônia e na região do Pantanal mato-grossense à reeleição não era uma mera opção ideológica. Era sim, a consagração do “passar a boiada” como propalava o então ministro Ricardo Salles, na fatídica reunião ministerial de abril de 2020.

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Esses meliantes foram uma das principais bases de apoio à ocupação das portas dos quartéis, após a derrota, e, várias personagens desse conluio criminoso estavam por trás dos eventos do 8 de janeiro como partícipes ou financiadores.

A pronta resposta do governo federal no socorro aos yanomamis, com o presidente Lula levando ao epicentro da tragédia parte de sua equipe ministerial, apontou a mudança de rota. No mesmo dia, as Forças Armadas aportaram os mantimentos e medicamentos aos indígenas, assim como usou o aparato de aeronaves para transportar aqueles que se encontravam com risco de morte. O rápido atendimento e as medidas emergências tomadas ao calor da hora, é a demonstração de que o governo Bolsonaro deliberadamente queria o extermínio daqueles povos, pela omissão.

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A hora agora é de retirar os agentes criminosos que atacam as florestas, os rios e o solo. Para isso deve o novo governo fortalecer novamente o Ibama, o ICMBio e a gloriosa Funai. Esse é o caminho!

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