Com Temer, o Brasil vai arder
Assim que a PEC 55 for consolidando seus efeitos; que a reforma da previdência pretendida pelos golpistas se efetivar; que a reforma trabalhista vomitar seus efeitos negativos sobre os trabalhadores, conviveremos com grandes ondas de reações violentas
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Várias vezes afirmei em artigos e pronunciamentos que Temer no poder levaria o Brasil ao caos político, econômico e social.
Quando afirmei isso, no entanto, não imaginava que ele chegaria tão rapidamente e de forma tão aterrorizante.
Nunca previ decapitações em série, pelo levante de facções criminosas dentro de prisões; mortes de centenas de pessoas nas ruas pela ausência de segurança pública resultado do movimento grevista de policiais militares lutando por melhores salários e pagamentos em dia.
Crianças sem escolas, lojas e supermercados cerrados pelo pânico de assaltos e vandalismos, que ocorreram ao bel prazer dos meliantes.
No meio da confusão Temer preferiu indicar Alexandre Moraes, seu ministro da Justiça para a vaga de juiz no Supremo, que será responsável pela revisão dos processos da Lava Jato, onde Temer é citado 43 vezes em delação da Odebrecht.
Nunca imaginei que a onda de política de recessão, de ajuste fiscal, de cortes, levada a cabo pelo roteiro do golpe causasse um efeito tão imediato e avassalador que tende a se espalhar como um rastilho de pólvora por todo o país.
Sim, o que aconteceu no ES pode se espalhar e não só na área da segurança.
Assim que a PEC 55 for consolidando seus efeitos; que a reforma da previdência pretendida pelos golpistas se efetivar; que a reforma trabalhista vomitar seus efeitos negativos sobre os trabalhadores, conviveremos com grandes ondas de reações violentas.
As pessoas não aceitarão pacificamente serem jogadas de volta à pobreza.
O ajuste fiscal vai sucatear o serviço público e a população não vai aceitar pagar impostos e não receber nada em troca.
As reações que ocorrem no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, levando categorias de servidores públicos a uma situação de grande opressão, não só pelos salários, mas pelas condições de trabalho, infelizmente, vai se espalhar e o Brasil inteiro vai arder.
Este governo não tem talento para negociar com movimentos grevistas, da complexidade do da PM, inclusive pela existência de lideranças difusas.
No último sábado o governo federal enviou 300 homens da Força Nacional para comandar a segurança durante a ausência da polícia local e apesar da greve da PM continuar – apenas uma parte deles voltou ao trabalho - o ministro da Defesa, Raul Jungmann, no domingo, 11, disse que a crise no Estado está "superada". Será ?
Na sexta-feira 10, uma reunião de mais de dez horas terminou sem acordo entre secretários do governo e mulheres do movimento.
O governo golpista não tem talento para gerir as crises que cria. Se não consegue solucionar uma greve da segurança pública imagine o que fará diante do estado de guerra civil em que brevemente suas próprias ações tresloucadas transformarão o Brasil.
FORA TEMER! DIRETAS JÁ!
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