Com PSOL, grupo dos 11 ganha no primeiro turno
"Não importa o nome que vai representar o grupo dos 11; os 11 vão comandar a Câmara em caso de vitória. Esse é o acordo, inédito na política brasileira.A derrota do bolsonarismo está nas mãos do PSOL", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Rodrigo Maia inovou.
Em vez de apresentar um candidato à sua sucessão e articular adesão dos partidos, ele primeiramente uniu onze partidos – da centro-direita à esquerda - em torno de uma agenda básica: derrotar o autoritarismo e o retrocesso representados pelo candidato bolsonarista, Arthur Lira.
Reunidos, os 11 partidos têm 249 votos: 54 (PT), 35 (MDB), 31 (PSDB), 31 (PSB), 28 (DEM), 28 (PDT), 20 (dos 41 do PSL), 9 (PCdoB), 8 (Cidadania), 4 (PV) e 1 (Rede).
Para ganhar no primeiro turno são necessários 257.
O bolsonarista Arthur Lira formou aliança com seis partidos, que totalizam 175 votos: 41 (PL), 40 (PP), 33 (PSD), 32 (Republicanos), 21 (metade do PSL) e 8 (Avante).
O placar está, portanto, 249 a 175.
Se o PSOL se unir ao grupo dos 11, com seus dez votos, a aliança ganha no primeiro turno. Faz 259. Dois além do necessário.
Deixar para o segundo turno é um risco muito grande. Daria tempo para o governo virar votos em troca de cargos ou emendas.
Não importa o nome que vai representar o grupo dos 11; os 11 vão comandar a Câmara em caso de vitória. Esse é o acordo, inédito na política brasileira.
A derrota do bolsonarismo está nas mãos do PSOL.
Se tudo der certo, pode ser o embrião da frente ampla para derrotar Bolsonaro em 2022.
Com o mesmo espírito: não importa o nome.
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