Com prisão de Lula, Lava Jato funda estado policial
"Não há como contestar que, com a prisão do ex-presidente Lula, infame e injusta, a Lava Jato chegou ao ápice de suas operações e se instalou no topo do poder, fundando um estado policial que escolhe seus alvos, acusa sem provas, prende sem motivo, humilha e esvazia os bolsos do preso até deixá-lo à míngua. Sob aplausos vergonhosos de uma plateia patética e anestesiada que remete aos tempos do circo romano e da Inquisição", escreve o colunista Alex Solnik; para ele, "a Lava Jato dita as leis, muda a constituição e é quem escolhe em quem os brasileiros podem votar"
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Não há como contestar que, com a prisão do ex-presidente Lula, infame e injusta, a Lava Jato chegou ao ápice de suas operações e se instalou no topo do poder, fundando um estado policial que escolhe seus alvos, acusa sem provas, prende sem motivo, humilha e esvazia os bolsos do preso até deixá-lo à míngua.
Sob aplausos vergonhosos de uma plateia patética e anestesiada que remete aos tempos do circo romano e da Inquisição.
Entendo por Lava Jato não apenas as forças tarefas comandadas por Sérgio Moro e Marcelo Bretas e outros juízes de primeira instância e a Polícia Federal. A Lava Jato ultrapassou fronteiras. Tem representantes no Congresso, por mais absurdo que possa parecer, pois políticos são seu alvo principal. Na mídia também. No STF a Lava Jato tem maioria.
A Lava Jato virou um monstro incontrolável e sedento de sangue e de poder.
Desde o começo, foi uma operação de cunho político e assim continua sendo.
No processo contra Lula encontramos todas as evidências de que ele precisava ser preso e, em função disso, foram criadas acusações despidas de lógica e de fatos, que encontraram eco na sociedade brasileira graças à lavagem cerebral encetada pelos grandes meios de comunicação, parceiros da Lava Jato na jornada rumo ao desconhecido.
O poder que a Lava Jato acumulou em quatro anos de transgressões à constituição é tanto que ela foi capaz de colocar na cadeia um ex-presidente da República sem provar o que ele fez para merecer o castigo, pela primeira vez na história brasileira.
Ninguém tinha tido tamanha desfaçatez.
Prender o maior líder político do Brasil sem que ele tivesse matado alguém, conspirado, ameaçado e sem mostrar os milhões de dólares que ele deveria ter em suas contas bancárias para justificar sentença de 12 anos em regime fechado quer dizer que daqui pra frente, a continuar assim, a Lava Jato poderá fazer tudo, mas tudo mesmo e com quem quiser.
Quem pode o mais, pode o menos.
A Lava Jato dita as leis, muda a constituição e é quem escolhe em quem os brasileiros podem votar.
Seja quem for o próximo presidente, a Lava Jato vai continuar mandando no país.
Seu lema é: alie-se a mim ou te devoro.
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