Com Lula, economia brasileira teve melhor fase em 30 anos, diz FGV
Se Lula se eleger presidente em 2018 com ampla maioria no Congresso, finalmente este país entrará numa rota de crescimento com justiça social que irá perdurar por décadas. Mas vai dar um trabalhão reverter toda destruição do país que a direita está levando a cabo. Porém, antes tarde que nunca
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Nesta semana, ficamos sabendo pelo jornal Valor Econômico que, com a possibilidade de Lula concorrer novamente à Presidência em 2018, a disputa poderá ter um componente inédito. Pesquisa qualitativa feita pela empresa Ideia Inteligência explica por que a população “não ideológica”, ou seja, a grande maioria dos brasileiros, quer votar em Lula na próxima eleição.
Ao explorar os argumentos e as justificativas de um grupo selecionado de eleitores que andam afastados do PT, mas declaram intenção de votar no petista, o levantamento identificou reiterados sinais de um sentimento de nostalgia em relação à sua gestão, de 2003 a 2010.
Esta página vinha dizendo há muito tempo que, passados alguns meses da experimentação de um governo de direita, seria rápida a volta da população para a esquerda.
Desde antes da derrubada de Dilma Rousseff pelo golpe parlamentar de 31 de agosto de 2016 que este Blog vinha dizendo que, a partir do momento em que o primeiro dissesse a frase “Bom mesmo era no tempo do Lula”, ninguém seguraria mais a boiada. Era uma previsão óbvia, por isso se concretizou.
Segundo o Valor, em dezembro, num levantamento quantitativo com 2.828 entrevistas e margem de erro de dois pontos, o Datafolha mostrou que Lula era o líder isolado em todos os cenários de primeiro turno. Apesar do noticiário francamente desfavorável em 2016, com a Lava-Jato em seu encalço, impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e derrota do PT nas eleições municipais, Lula não só vem crescendo nas pesquisas como diminuindo drasticamente sua rejeição.
Nesta quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017, Lula volta a crescer. Se nas pesquisas anteriores ele ainda perdia (de pouco) para Marina Silva em segundo turno (em primeiro, ganhava), agora, na 133ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 8 a 11 de fevereiro de 2017 e divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o ex-presidente vence em todo e qualquer cenário. E de lavada.
Seguem, abaixo, os resultados:
Eleição presidencial 2018
1º turno: Intenção de voto espontânea
Lula: 16,6%
Jair Bolsonaro: 6,5%
Aécio Neves: 2,2%
Marina Silva: 1,8%
Michel Temer: 1,1%
Dilma Rousseff: 0,9%
Geraldo Alckmin: 0,7%
Ciro Gomes: 0,4%
Outros: 2,0%
Branco/Nulo: 10,7%
Indecisos: 57,1%
1º turno: Intenção de voto estimulada
Lula: 30,5%,
Marina Silva: 11,8%
Jair Bolsonaro: 11,3%
Aécio Neves:10,1%
Ciro Gomes: 5,0%
Michel Temer: 3,7%
Branco/Nulo: 16,3%,
Indecisos: 11,3%
CENÁRIO 3:
Lula 32,8%,
Marina Silva 13,9%,
Aécio Neves 12,1%,
Jair Bolsonaro 12,0%,
Branco/Nulo 18,6%,
Indecisos 10,6%
2º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Lula 39,7%,
Aécio Neves 27,5%,
Branco/Nulo: 25,5%,
Indecisos: 7,3%
CENÁRIO 2:
Aécio Neves 34,1%,
Michel Temer 13,1%,
Branco/Nulo: 39,9%,
Indecisos: 12,9%
CENÁRIO 3:
Aécio Neves 28,6%,
Marina Silva, 28,3%,
Branco/Nulo: 31,9%,
Indecisos: 11,2%
CENÁRIO 4:
Lula 42,9%,
Michel Temer 19,0%,
Branco/Nulo: 29,3%,
Indecisos: 8,8%
CENÁRIO 5:
Marina Silva 34,4%,
Michel Temer 16,8%,
Branco/Nulo: 35,2%,
Indecisos: 13,6%
CENÁRIO 6:
Lula 38,9%,
Marina Silva 27,4%,
Branco/Nulo: 25,9%,
Indecisos: 7,8%
Por mais que os grupos de mídia, os partidos conservadores e os grupos políticos de direita se recusem a aceitar, há uma explicação muito plausível divulgada por estudo da Fundação Getúlio Vargas.
O Estudo em questão dá conta de que a “Era Lula’ foi a melhor fase da economia brasileira dos últimos 30 anos”
O período, segundo a FGV, foi a fase de maior expansão para a economia brasileira das últimas três décadas, conforme estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na era Lula, a indústria se expandiu, as vendas do comércio registraram alta e a geração de emprego e renda cresceram como jamais ocorrera nos 30 anos anteriores.
Por outro lado, o que representam os governos de direita se não redução de direitos, discurseira sobre “sacrifícios” da sociedade que só os mais pobres pagam.
Basta olhar o que acaba de fazer o prefeito de São Paulo, João Doria, ao reduzir pela metade (55%) a entrega de leite para crianças pobres na rede municipal de ensino para economizar 155 milhões em um orçamento de quase 50 bilhões.
Do lado do governo federal, só se fala em reduzir direitos trabalhistas, arrochar a previdência para que as pessoas só possam se aposentar às vésperas da morte, com 49 anos de contribuição, redução do SUS e outras tragédias.
E não vamos nos esquecer de que o Blog da Cidadania previu, em outubro do ano passado, que a partidarizada Operação Lava Jato pretendia prender Lula imediatamente porque, do contrário, passaria o momento de prendê-lo, já que, a partir deste ano, ele se fortaleceria muito porque começaria a deixar saudade ante a chuva de maldades tucano-peemedebistas que desabaria.
Bem, o momento passou. Ficou mais difícil prender Lula – e, logo, será impossível – e ele já caminha para se tornar unanimidade nacional. Porém, este blog oferece uma sugestão ao ex-presidente.
Em 2018, quando estiver com 60% de intenções de voto já no primeiro turno, que ele vá ao horário eleitoral e diga que se forem votar nele para presidente e não votarem também em um deputado e em um senador petista, é melhor que nem votem porque, se ele não tiver ampla maioria, não vão deixá-lo governar e, além disso, irão derrubá-lo.
Se Lula se eleger presidente em 2018 com ampla maioria no Congresso, finalmente este país entrará numa rota de crescimento com justiça social que irá perdurar por décadas. Mas vai dar um trabalhão reverter toda destruição do país que a direita está levando a cabo. Porém, antes tarde que nunca.
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