Com ataque a Moraes, Bolsonaro piora sua situação no STF
"Decidido sempre a resolver polêmicas na base do bate-boca e da truculência, Bolsonaro apontou a sua metralhadora giratória para o ministro do STF Alexandre de Moraes, que vetou a indicação de Alexandre Ramagem – o sonho de Bolsonaro - para a chefia da PF", escreve o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia|
Decidido sempre a resolver polêmicas na base do bate-boca e da truculência, Bolsonaro apontou a sua metralhadora giratória para o ministro do STF Alexandre de Moraes, que vetou a indicação de Alexandre Ramagem – o sonho de Bolsonaro - para a chefia da PF.
Em entrevista por telefone ao programa “Aqui na Band”, da TV Band chamou a liminar de “absurda”, disse que Moraes “fez uma clara interferência”, “desqualificou o presidente da República” e lançou um repto: “Se Alexandre Ramagem não pode ir para a Polícia Federal também não pode ficar na Abin”.
Não economizou nas expressões autoritárias: “Eu tenho pressa”, queixou-se.
O apresentador perguntou se a situação caracterizaria uma “ditadura do Judiciário”.
“Não quero falar a palavra ditadura do Judiciário” disse ele “mas é uma clara interferência”.
A certa altura, a deputada Carla Zambelli, que tinha feito a ligação, ponderou que amizade por amizade, Moraes também tinha sido indicado por ser amigo do então presidente Michel Temer.
“Também por amizade” confirmou Bolsonaro, para logo a seguir questionar o critério de amizade utilizado por Moraes para suspender a nomeação.
Como era de esperar, colegas de Moraes, a começar de Gilmar Mendes reagiram à entrevista rapidamente, o que indica que a situação do ainda presidente junto ao STF, onde rolam quatro processos de seu interesse, que já era ruim, piorou ainda mais.
Quanto ao repto de Bolsonaro, ele tem razão: o STF deveria tirar Alexandre Ramagem da Abin.
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