Colocar o bloco na rua para vencer 2022 era imprescindível
No entanto, não haverá 2022 se não houver resistência a essa verdadeira tragédia nacional implementada pelo desgoverno Bolsonaro
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Por Alberto Cantalice
O estrago que o desgoverno de Jair Bolsonaro tem feito no país levará tempo para consertar. O Brasil já supera a marca de 250 mil óbitos pelo Covid 19 e mais de 10 milhões de contaminados, sendo o segundo em contaminação no mundo. Só superado pelos Estados Unidos. É a herança maldita deixada pela péssima administração Trump.
Seu dileto aluno: Bolsonaro faz de tudo, e mais um pouco, para superar seu mentor. Não fosse o Sistema Único de Saúde - SUS e a dedicação dos profissionais da saúde, da Fiocruz e do Butantã dos prefeitos e governadores, ele teria conseguido.
A letargia no que concerne à vacinação e a falta de ação governamental efetiva somente à custa de muita grita foi criado o auxílio emergencial para minorar o problema de fome. Contudo, no anseio de desmontar o Estado e as vacilações da equipe de Guedes quanto ao auxílio emergencial, bem como às propostas de desvinculação da educação e da saúde do percentual mínimo das receitas obrigatórias para união, estados e municípios ampliam o sentimento do desastre.
A destruição acelerada seguia de vento em popa sem contraponto efetivo. Apesar dos esforços de parte do Congresso Nacional, do Poder Judiciário e de setores da mídia o desmonte do estado nacional estressa grande parte da sociedade brasileira que sem perspectiva assiste a tudo impassível.
A pandemia inibiu as grandes manifestações de rua, represando a insatisfação popular que se reduziram às declarações de parlamentares, algumas carreatas e repúdio nas redes sociais.
Derrotado em 2018 em pleito eleitoral, para lá de controverso, que envolveu a prisão ilegal de Lula, sua inabilitação eleitoral, as fakes news e a fuga dos debates do candidato vencedor, ao Partido dos Trabalhadores – a principal força de oposição ao bolsonarismo- exigia-se uma reação contundente.
E ela veio.
Fernando Haddad, que obteve 31 milhões de votos no primeiro turno – mais do que a soma de todos os outros disputantes com exceção de Bolsonaro, resolveu em comum acordo com Lula e o PT, colocar o bloco na rua.
Ao assim proceder, Haddad recebeu o apoio e o entusiasmo das bases petistas, como de outros segmentos da sociedade não vinculados, organicamente, ao partido.
Como era de se esperar alguns setores da esquerda e da centro-esquerda “chiaram”. Mais do que um ato que cheira a mesquinharia política, essa chiadeira demonstra que a iniciativa de Haddad/PT mexeu efetivamente no tabuleiro.
Cabe destacar que, o bloco na rua foi antecedido pela formulação e lançamento do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, formulado por centenas de pessoas articuladas nos NAPPs – Núcleos de Acompanhamento de Políticas Públicas da Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT. Esse Plano, mais do que um “programa de governo”, avança em um diagnóstico dos desmontes das políticas públicas, promovidas pelo governo Temer, fruto do golpe de 2016 e amplificadas com a assunção de Bolsonaro e seu grupo.
Viajar pelo país, estimular as lideranças locais e construir as bases da vitória nas eleições de 2022 devem presidir essa caminhada. No entanto, não haverá 2022 se não houver resistência a essa verdadeira tragédia nacional implementada pelo desgoverno Bolsonaro. Essa resistência que, sem nenhuma dúvida, se amplificará com a retomada das ruas, após vacinação em massa da população ainda em 2021.
Portanto, cabe aos dirigentes, militantes e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores Brasil afora construir esse caminho alternativo juntamente com Fernando Haddad.
O povo brasileiro sempre respondeu e superou as adversidades que advieram ao longo de sua história. Superará essa também.
Vamos à luta!
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