Clima e desenvolvimento em sintonia

É relevante observar que em 1990 a emissão de dióxido de carbono era de 1,4 bilhão de toneladas. Em 2005, passou para 2,1 bilhões. Há o compromisso de governo em reduzir para 1,5 até 2025 e chegar a 1,4 em 2040, demonstrando o comprometimento do País com a redução de suas emissões de GEE

É relevante observar que em 1990 a emissão de dióxido de carbono era de 1,4 bilhão de toneladas. Em 2005, passou para 2,1 bilhões. Há o compromisso de governo em reduzir para 1,5 até 2025 e chegar a 1,4 em 2040, demonstrando o comprometimento do País com a redução de suas emissões de GEE
É relevante observar que em 1990 a emissão de dióxido de carbono era de 1,4 bilhão de toneladas. Em 2005, passou para 2,1 bilhões. Há o compromisso de governo em reduzir para 1,5 até 2025 e chegar a 1,4 em 2040, demonstrando o comprometimento do País com a redução de suas emissões de GEE (Foto: Nilto Tatto)


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Aprovado, por unanimidade, na Comissão de Minas e Energia da Câmara, Projeto de Lei 3280/15, de minha autoria, que propõe alterações na lei 12187, de dezembro/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC. Este PL visa atualizar o compromisso nacional de ações de mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE.

As nações do mundo, durante a conferência Rio 92, estabeleceram a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ratificada no Brasil pelo Decreto Legislativo nº 1, de fevereiro/1994, cujo objetivo principal é estabelecer metas de redução e estabilização das emissões dos GEE para combater as ameaças das mudanças climáticas que, fatalmente, irão pôr em perigo a segurança alimentar mundial, os biomas, os ecossistemas, a saúde humana e a própria permanência do homem no Planeta.

Em 1997 foi negociado o Protocolo de Kyoto à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, estabelecendo limites de emissão dos GEE dos países desenvolvidos. O Brasil ratificou este protocolo por meio do Decreto Legislativo nº 144, de junho/02. Este Protocolo estabelece compromisso entre os países, que assinaram aquela Convenção de reduzirem, entre 2008 e 2012, suas emissões de poluentes em pelo menos 5% em relação aos níveis verificados em 1990.

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Para esse compromisso de redução de GEE houve uma divisão de classificação entre os países que podem ter mais flexibilidade nos seus projetos de desenvolvimento, porém, comprometidos com a utilização de tecnologias ambientalmente sadias. Daí a importância em manter o Brasil como país com metas voluntárias de redução de emissões.

É relevante observar que em 1990 a emissão de dióxido de carbono era de 1,4 bilhão de toneladas. Em 2005, passou para 2,1 bilhões. Há o compromisso de governo em reduzir para 1,5 até 2025 e chegar a 1,4 em 2040, demonstrando o comprometimento do País com a redução de suas emissões de GEE. Dessa forma o Brasil, 40 anos depois, terá menos emissão do que em 1990, cumprindo, assim, a meta em reduzir em 43% as emissões de Gases de Efeito Estufa até 2030.

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A meta assumida pelo Brasil, no período do governo Dilma, está fundamentada em estudo elaborado pelo IES- Brasil, em parceria com o Fórum Nacional de Mudanças Climáticas intitulado IMPLICAÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS DE CENÁRIOS DE MITIGAÇÃO NO BRASIL – 2030. Este estudo apontou que uma redução maior do que a estabelecida pela PNMC nas emissões de gás carbônico não afetaria o crescimento econômico ou o desenvolvimento social do País. O estudo demonstra, ainda, que uma redução das emissões de gás carbônico maior que a definida no âmbito da PNMC pode incrementar em até R$ 609 bilhões o Produto Interno Bruto brasileiro entre 2015 e 20 30.

Com efeito, será necessário investir R$ 372 bilhões entre 2015 e 2030 para que metas maiores que as estabelecidas na PNMC, que são de 36,1% até 38,9%, sejam alcançadas. Como podemos notar, a meta nacional de reeducação de emissões de GEE nada tem a ver com redução de crescimento econômico, mas sim com responsabilidade ambiental no processo de desenvolvimento econômico, sendo certo que os setores produtivos, tanto industrial quanto do agronegócio só tem a ganhar. Por isso mesmo, para que haja sintonia entre as metas atuais de redução de GEE com a Política Nacional de Mudanças Climáticas, apresentamos este Projeto de Lei.

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Vencida essa etapa na Comissão de Minas e Energia da Câmara, o PL segue seu trâmite na Casa até a votação final, em plenário. Em se tratando de clima quente, a temperatura política está bem alta, o que demanda acompanhamento da sociedade civil acerca do andamento desse Projeto que só traz benefícios para o País. Na era Temer, no entanto, tudo entra no campo do imprevisível.

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