Ciro não tem vida própria
"O prognóstico menos arriscado que pode ser feito acerca da eleição presidencial de 7 de outubro, aos olhos de hoje, é que Ciro Gomes não vai passar ao segundo turno", diz o colunista do 247 Alex Solnik; para ele, "Ciro não vai chegar ao segundo turno porque depende das decisões do PT e sobretudo das decisões de Lula. Ele não tem vida própria", ressalta em referência a principal possibilidade de aliança que pode levar Ciro ao segundo turno; para ele, "periga o PDT adentrar o primeiro turno sem aliados" e , neste caso, "a vaga reservada à direita será decidida entre Bolsonaro e Alckmin"
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O prognóstico menos arriscado que pode ser feito acerca da eleição presidencial de 7 de outubro, aos olhos de hoje, é que Ciro Gomes não vai passar ao segundo turno.
Isso só vai acontecer se o PT não tiver candidato (o que é improvável) ou se o PT apoiar Ciro (mais improvável ainda).
É o que mostram as pesquisas.
Em simulações em que Lula não é candidato, Ciro chega ao pelotão da frente, é quem mais ganha com sua ausência, mas, quando tem Lula, Ciro cai pelas tabelas. O eleitorado de Lula e de Ciro é o mesmo. E o eleitorado só escolhe Ciro quando não pode escolher Lula.
Não cabem dois candidatos de esquerda no segundo turno. E a vaga já está ocupada, a priori, ou por Lula, com certeza, se não receber cartão vermelho ou, possivelmente, por quem ele indicar. A campanha ainda nem começou. O tempo gratuito dos petistas na TV é muito maior que o de Ciro. Não será surpresa se ele cair ainda mais.
Ciro não vai chegar ao segundo turno porque depende das decisões do PT e sobretudo das decisões de Lula. Ele não tem vida própria.
A sua última esperança é a aliança com o PSB, mas não está fácil. Ciro se dispõe a apoiar a reeleição do governador Paulo Câmara em Pernambuco, e a recíproca é verdadeira.
Mas no pacote consta apoio também a Márcio França em São Paulo, o que não interessa bulhufas a Ciro, já que o presidenciável de França é Alckmin e não ele.
Periga o PDT adentrar o primeiro turno sem aliados.
Dividido entre ciristas, lulistas e até candidatura própria, o mais prudente, para evitar rachas, será o PSB ficar neutro. Os governadores ficam liberados para alianças regionais com qualquer partido e campanha que segue.
A vaga reservada à direita será decidida entre Bolsonaro e Alckmin.
Embora o ex-governador paulista ainda não desperte entusiasmo, se conseguir fechar uma grande aliança – PSDB, MDB, PP, DEM e PR – ficará competitivo.
Marina, que não é esquerda nem direita não tem espaço nem aliados para encarar um mata-mata.
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