Ciro não é anti-petista
Evidente que Ciro Gomes faz repreendas duras cobrando autocrítica dos companheiros, mas é factível seu firme posicionamento contra o golpe, assim como a sua náusea contra as raposas medebistas que há décadas se locupletam do erário e do estado
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O fascínio que o ex-presidente Lula provoca em muitos companheiros do PT é perfeitamente compreensível e aceitável. Líder carismático, fala a língua do povo. Com uma biografia vencedora foi um bom presidente e, hoje, sofre perseguições de um judiciário que o próprio Lula e os governos do PT consentiram (Ministros do STF).
Seus grandes verdugos na execução do golpe que apeou o PT, em especial a Presidenta Dilma Rousseff, tem nome e sobrenome. Tem a alcunha do MDB e seus aliados como o PSDB, e o tal do centrão, que tinha em Eduardo Cunha, seu líder.
Não olvidemos que tais “Iscariotes” eram aliados preferenciais dos governos petistas. Romero Jucá, José Sarney, Eunício de Oliveira e o próprio Eduardo Cunha frequentavam o Palácio e detinham grande poder nos Ministérios.
Não seriam esses os antagonistas do partido da estrela vermelha? Somando-se ainda o PSDB, o centrão ou o representante da extrema direita, hoje com Jair Bolsonaro.
Naturalmente que a luta política deveria se dar contra estes que vendem o Brasil, retiram direitos da classe trabalhadora e saqueiam nossas riquezas.
Porém, a luta pela hegemonia das forças progressistas está se mostrando maior que os interesses pátrios, e o PT elege - como adversário - justamente velhos aliados, como é o caso de Ciro Gomes.
Oras, será mais importante a hegemonia do que salvar o Brasil desses parasitas?
É preferível ver Geraldo Alckmin ou Jair Bolsonaro na Presidência do que Ciro Gomes?
Os partidos são maiores do que a nação brasileira?
Tais questionamentos são pertinentes, uma vez que a contemporânea crise se aprofunda e o Estado Brasileiro vai sendo cada vez mais saqueado.
Evidente que Ciro Gomes faz repreendas duras cobrando autocrítica dos companheiros, mas é factível seu firme posicionamento contra o golpe, assim como a sua náusea contra as raposas medebistas que há décadas se locupletam do erário e do estado. Não se esqueça da mesma forma, a participação de Ciro Gomes no governo Lula sendo responsável, inclusive, por defender o presidente contra a crise do mensalão.
Erra historicamente, estrategicamente e taticamente esta posição de eleger como adversário um candidato do campo progressista, e um partido com a história do PDT.
Em um tempo pretérito os companheiros, equivocadamente, já cometeram estes erros quando ecoaram suas vozes junto à direita, contra o governo de Brizola no estado Rio de Janeiro criticando erroneamente o programa educacional dos CIEPs.
O tempo serviu para mostrar a grandeza e a generosidade de Brizola ao ser vice do Lula em 1998.
O Brasil de hoje não pode suportar mais um governo antipovo e antirrepublicano.
Não é mais tolerável o desemprego e o entreguismo; assim como não pode o PT ter suas impressões digitais na legitimidade da direita neoliberal vencendo as eleições.
Nossos adversários são outros.
Mas, o PT opta por ser à esquerda que a direita gosta, e age com desonestidade contra Ciro Gomes.
Enfim o PT hoje se torna o maior cabo eleitoral da velha direita Brasileira.
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