Ciro e Haddad contra a volta da ditadura pelo voto

"O fato é que a maioria dos brasileiros (só 20% são Bolsonaro) espera que Ciro e Haddad tenham a responsabilidade de afastar a ameaça da volta da ditadura pelo voto de algum jeito", escreve o colunista Alex Solnik; "A primeira condição é não se agredirem. Ciro não precisa bater em Haddad, vai subir à medida que Marina desce, está herdando os votos dela. Nem Haddad precisa bater em Ciro, porque seus votos virão de Lula. Ambos têm que bater em Bolsonaro que é o candidato a ser derrotado porque a vitória dele será a derrota da democracia"

Ciro e Haddad contra a volta da ditadura pelo voto
Ciro e Haddad contra a volta da ditadura pelo voto (Foto: Esq.: Divulgação / Dir.: Stuckert)


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Meu vídeo de ontem, no qual digo que Ciro e Haddad, juntos, ganham no primeiro turno e nos livram de Bolsonaro a 7 de outubro passou de 500 mil visualizações. Nunca um vídeo meu nem da TV 247 teve tanta audiência. O recorde era a entrevista com Lula: 200 mil. Isso mostra a enorme adesão à ideia da necessidade de união para derrotar o candidato da ditadura militar. E da linha dura da ditadura militar. O que ele esboça é uma ditadura pior que a de 64.

Não importa que na prática uma coligação Ciro-Haddad seja impossível a essa altura. Lula, sozinho, ganharia no primeiro turno, mas seus votos estão ainda divididos entre os dois. O fato é que a maioria dos brasileiros (só 20% são Bolsonaro) espera que Ciro e Haddad tenham a responsabilidade de afastar a ameaça da volta da ditadura pelo voto de algum jeito.

A primeira condição é não se agredirem. Ciro não precisa bater em Haddad, vai subir à medida que Marina desce, está herdando os votos dela. Nem Haddad precisa bater em Ciro, porque seus votos virão de Lula. Ambos têm que bater em Bolsonaro que é o candidato a ser derrotado porque a vitória dele será a derrota da democracia.

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Depois das últimas pesquisas a situação eleitoral está decantando. Levo mais em conta a da Datafolha porque ela mostra a fotografia mais recente por ter sido realizada na segunda-feira. A do Ibope começou sábado e terminou segunda-feira. Foi divulgada depois, mas seus dados são anteriores.

Agora temos três candidatos no páreo, já que Alckmin não sobe e Marina desce: um representante da ditadura militar (Bolsonaro) e dois da democracia (Ciro e Haddad).

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Aqueles que sabem o que foi a ditadura militar porque viveram ou leram a respeito rejeitam o retorno. Mas nem todos perceberam que esse é o verdadeiro plano de governo da dupla Bolsonaro-Paulo Guedes. Eles planejam uma ditadura militar sem estatais e sem nacionalismo, completamente entregue aos interesses dos Estados Unidos.

Nenhum país que passou por ditadura sequer cogitou sua volta. Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Chile, Argentina que o digam. O Brasil corre o risco de ser o primeiro.

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