China aperfeiçoa batalha contra Covid-19, ajustando medidas de prevenção

China vive nova etapa no combate à pandemia, assinala o editor internacional do Brasil 247

(Foto: Xinhua)


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Por José Reinaldo Carvalho, 247 - Desde o primeiro surto da Covid-19, o governo da República Popular da China combateu a doença com toda a energia com políticas científicas, mobilizando todas as suas energias para preservar a saúde da população e reduzir ao mínimo as consequências mais graves à vida do povo e ao desenvolvimento do país.

 No último dia 7 de dezembro, o governo chinês adotou uma série de ajustes das severas medidas de prevenção e contenção da pandemia. Para entender a coerência das novas medidas, vale a pena rememorar aspectos essenciais da batalha contra a Covid-19 enfrentada pela China desde o início da pandemia.

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No dia 7 de junho de 2020, o Conselho de Estado da República Popular da China divulgou um livro branco sobre a luta do país contra a Covid-19. Intitulado "Combatendo a Covid-19: a China em ação", o documento, composto por quatro capítulos, explica os esforços de prevenção, controle e tratamento do país na luta contra a pandemia do novo coronavírus, bem como os esforços realizados em nível global na cooperação internacional.

 Destaca-se, entre outros pontos, o estabelecimento de um sistema de comando centralizado e eficiente como uma forte garantia para o país vencer a guerra popular total contra a Covid-19. Segundo esse sistema de comando centralizado, todas as autoridades e setores locais seguem a liderança e as instruções das autoridades centrais, desempenham suas respectivas funções e cooperam entre si.

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 Outro ponto fundamental do documento ressalta o esforço total para tratar os pacientes, com a diretriz de salvar o maior número possível de vidas. Dessa forma, o governo chinês adotou medidas de prevenção e controle mais abrangentes, rigorosas e completas para combater a doença.

O livro branco também dava relevo à ciência e tecnologia como armas decisivas no combate à Covid-19. A China fez pleno uso dessas armas da ciência e tecnologia para vencer a batalha contra a pandemia.

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Também merecem especial menção os esforços do país pela cooperação internacional e o compartilhamento de informações no combate à pandemia. Durante o combate à pandemia da Covid-19, a China aplicou de maneira consequente o princípio da cooperação internacional, defendendo a globalização e o multilateralismo. O livro branco apontou que alguns países promovem as ideias de “desacoplamento”, de “construção de muros” e de “desglobalização”, mas a China em nenhum momento adotou essas ideias.

Finalmente, o documento do Conselho de Estado de 2020 sobre a Covid-19 deu ênfase à transparência, divulgou informações sobre a doença de maneira aberta, o que foi importante para responder efetivamente às preocupações da população e construir o consenso público.

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Estas orientações foram fundamentais para capacitar o país no combate à pandemia. No fundamental, a China alcançou êxito marcante no combate àCovid-19, embora esta ainda persista com novas variantes do vírus e novos surtos.

Nova etapa

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Agora o país vive uma nova etapa no combate à pandemia e o governo adota novas medidas.

A partir do dia 7 deste mês, a China adotou ajustes em sua política de combate à Covid-19, lançando 10 novas medidas, destacando-se: delinear áreas mais restritas de isolamento, como prédios e residências, sem exigir a extensão para condomínios, ruas ou bairros sem casos detectados; otimizar a detecção da doença por testes de ácido nucleico, como o PCR, e fim da exigência de testes com resultados negativos para circular internamente na China; permissão para cumprir quarentenas em casa por 7 dias em casos leves ou assintomáticos de Covid-19; aplicar a “vedação e liberação rápida” de áreas confinadas, que devem ser reabertas depois de 5 dias sem novas infecções; assegurar acesso básico à aquisição de medicamentos em farmácias e venda on-line; acelerar o processo de vacinação de idosos; mapear o estado de saúde de populações-chave para priorizar grupos mais vulneráveis à doença; assegurar o funcionamento normal de serviços médicos básicos e de regiões sem alto risco para a doença; setores como segurança pública, transporte, logística, supermercados, água, eletricidade e aquecimento não devem ter as atividades interrompidas; proibição da obstrução de saídas de emergência para fuga e promoção de atendimento médico e psicológico para pessoas isoladas, pacientes e profissionais da saúde; e otimizar a detecção de casos nas escolas e reabrir normalmente colégios, supermercados, estádios e bibliotecas nas universidades sem a detecção de casos da doença.

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Como é natural, no mundo e na própria sociedade chinesa, os ajustes suscitaram preocupações sobre a possibilidade do aumento do número de infecções. Contudo, as autoridades sanitárias da China argumentam que essas medidas se justificam porque visam encontrar um melhor equilíbrio entre o controle da Covid-19 e a garantia da vida normal das pessoas. Sua resultante principal será fazer com que a sociedade volte a viver em normalidade o mais breve possível.

É preciso levar em conta que as novas medidas anunciadas aliviam o fardo sobre a população e racionalizam o gasto de recursos públicos no setor de saúde. Por estas razões, os ajustes não devem ser confundidos com o abandono da prevenção e do controle da doença e sim como seu aprimoramento.

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Essas medidas tornam a batalha contra a Covid-19 na nova etapa mais científica, flexível e consistente. As autoridades sanitárias do país, baseadas na avaliação sobre a evolução da pandemia, no balanço da experiência acumulada no seu combate ao longo dos últimos três anos, na opinião dos epidemiologistas e da própria Organização Mundial de Saúde, estão convictas de que os ajustes anunciados têm base científica. Observa-se, assim, que se trata de um ajuste ordenado, consciente, refletido, baseado em critérios científicos, visando ao aperfeiçoamento da batalha contra a Covid-19, bem como a garantir a vida normal da população e o crescimento econômico.

O próprio diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em uma coletiva de imprensa no último dia 10 de dezembro, que "estamos muito mais perto de poder dizer que a fase de emergência da pandemia acabou". Obviamente, prosseguiu ele, "ainda não chegamos lá", significando que é preciso evitar que surjam novas variantes que possam causar mortalidade significativa.

As recentes medidas do governo chinês mostram que o processo de abertura e saída da pandemia prosseguirá passo a passo, concentrando os esforços nas tarefas emergenciais, como o aumento das taxas de vacinação entre os idosos e a preparação de mais recursos médicos para tratar um eventual aumento de casos graves.

A luta contra a Covid-19 é complexa e exige discernimento para que em cada etapa o governo e a sociedade continuem a marchar juntos na defesa da saúde da população, na criação de condições para uma vida normal e para fomentar o crescimento econômico.

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