Chefes militares entregam cargos, mas quem perde é Bolsonaro
"Bolsonaro não comprou briga com um comandante do Exército; comprou briga com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica ao mesmo tempo. Tudo indica que foi mais um tiro no pé do mau soldado", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Como se não fossem suficientes todas as crises que ele já criou, Bolsonaro criou mais uma, talvez a maior do seu governo: com a cúpula militar.
Seu alvo era o comandante do Exército, Edson Pujol, que se recusa a adotar o figurino negacionista e golpista, que foi a quem tentou atingir ao demitir sumariamente o ministro da Defesa, mas os comandantes da Marinha e da Aeronáutica resolveram sair junto com ele, numa demonstração de unidade das Forças Armadas.
Cabe agora a Bolsonaro encontrar substitutos que se encaixem no seu perfil: 100% bolsonaristas e dispostos a ir contra tudo e contra todos em defesa do presidente – até mesmo colocando tanques na rua para intimidar os que preconizam o impeachment.
Será que ele vai encontrar algum general, algum almirante, algum brigadeiro para cumprir esse papel que colocaria as Forças Armadas na ilegalidade?
Bolsonaro não comprou briga com um comandante do Exército; comprou briga com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica ao mesmo tempo.
Tudo indica que foi mais um tiro no pé do mau soldado.
Na tentativa de angariar aliados, perdeu mais um: as Forças Armadas.
Em outros períodos da nossa história, já estaria preso.
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