Chance de Lula vencer no primeiro turno dobrou

"A probabilidade em maio, calculada pela Quaest, de a eleição terminar em 1º turno era de 18%. Em junho, a probabilidade é de 39%", avalia Eduardo Guimarães

Dilma Rousseff, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin
Dilma Rousseff, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert)


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Por Eduardo Guimarães 

Na última quarta-feira, entrevistei o diretor-fundador do Instituto Quaest, Felipe Nunes, a fim de oferecer ao público a compreensão sobre por que Lula sobe cada vez mais enquanto seus adversários ficam estagnados ou encolhem. E sobre se a vitória do ex-presidente no primeiro turno pode mesmo ocorrer. 

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Segundo o entrevistado, todos os adversários do ex-presidente, de Bolsonaro à terceira via, praticamente mandaram o eleitor votar nele. Bolsonaro, obviamente, que por governar mal e, com isso, afundar a economia, empobrecer o eleitor e, no limite, "matar" centenas de milhares de brasileiros ao combater medidas sanitárias vitais e não providenciar vacinas.  

Mas a questão menos óbvia é a terceira via. Transcrevo abaixo, pois, a resposta que o diretor do Instituto Quaest me deu sobre por que a eleição de Lula no primeiro turno parece cada vez mais provável:

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Eduardo Guimarães --- Como você vê a possibilidade de o segundo turno ser antecipado para o primeiro com toda essa preponderância de Lula?

Felipe Nunes --- O prognóstico que eu fazia era o seguinte: se a terceira via tivesse se organizado um ano atrás, se a elite política brasileira tivesse se organizado um ano atrás em torno de um nome, ela, nesse  momento, provavelmente estaria competindo contra o Bolsonaro pela  chance de  ir para o segundo turno.  

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É assim que funciona, a elite política é que tem que organizar o jogo para que o eleitor, depois, possa votar. 

O que aconteceu no Brasil foi o inverso; a elite política abriu mão de se organizar e deixou para o eleitor fazer essa escolha [sobre quem seria o candidato da tal terceira via]. Só que o eleitor não faz escolha dentro de um cenário fragmentado como a gente viu. Aconteceu o inverso do que o sistema político brasileiro esperava. 

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O que aconteceu? O eleitor foi desanimando com a possibilidade de ver um candidato forte superando Bolsonaro e indo para o segundo turno com Lula. Ou seja, a saída do Moro, a saída do Doria e por aí vai, ao contrário de reunir forças em torno de um nome, funcionou muito mais para desanimar o eleitor. 

Eu vou dar um número concreto: a probabilidade em maio, calculada pela Quaest, de a eleição terminar em primeiro turno era de 18%. Em junho, a partir desses dados, a probabilidade é de 39%.

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