Certo Bolsonaro: quem mandou matar?
"O país e o mundo viveram um dia de grande agito com a notícia da prisão dos executores da morte de Marielle, ocorrida há 1 ano (14 de março de 2018). Mas a agitação não foi apenas pelo fato da prisão. Chocou a todos o ambiente em que viviam e circulavam, sua vizinhança e, principalmente, seus relacionamentos", diz o colunista Hayle Gadelha; "Os matadores, um PM e um ex-PM, circulavam em ambientes de luxo. Um deles chegava a morar no mesmo condomínio de luxo onde também tem residência o atual presidente da República. Mais do que isso, suas famílias se relacionavam fortemente, tiravam fotos, circulavam por Angra, etc, etc", reforça

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O país e o mundo viveram ontem um dia de grande agito com a notícia da prisão dos executores da morte de Marielle, ocorrida há 1 ano (14 de março de 2018). Mas a agitação não foi apenas pelo fato da prisão. Chocou a todos o ambiente em que viviam e circulavam, sua vizinhança e, principalmente, seus relacionamentos.
Os matadores, um PM e um ex-PM, circulavam em ambientes de luxo. Um deles chegava a morar no mesmo condomínio de luxo onde também tem residência o atual presidente da República. Mais do que isso, suas famílias se relacionavam fortemente, tiravam fotos, circulavam por Angra, etc, etc. Tudo isso trouxe de volta a revelação de que o gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro era ocupado por familiares do chefão do Escritório da Morte, grupo de milicianos de Rio das Pedras. Onde, não esqueçamos, também morou o motorista Queiroz, acusado de depósitos mal explicados de altas somas nas contas bancárias dos Bolsonaros.
Espere um pouco – isso não acaba nunca? Parece aquela cantiga de roda, “escravos de Jó, jogavam caxangá, tira, bota”. Não, não acaba nunca, e parece que está longe de acabar. Principalmente porque entrou na roda a pergunta: quem mandou matar? A partir daí para a associação com um dos Bolsonaros foi um estalo de dedos. Nada, até aqui, comprovado, claro. Mas a insistência política nesse sentido levou o presidente, sentindo-se de certa forma acuado, a declarar “Também estou interessado em saber quem mandou me matar”. Referiu-se obviamente à facada que recebeu de Adélio Bispo, durante a campanha eleitoral. Certíssimo. Tem que ser feita uma investigação profunda no sentido de esclarecer melhor a história da facada. Nas redes sociais, há, por exemplo, vídeos insinuando que era para ser uma facada fake que deu ruim.
Portanto, aos excelentes trabalhos feitos pela Polícia Federal, deve ser dada urgência às perguntas de “quem mandou matar?” e de “quem mandou esfaquear?”
O Brasil inteiro, inclusive o presidente Bolsonaro, aguarda respostas.
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