Centrão põe chifre em Bolsonaro

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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Tive a pachorra de somar, à mão, os votos de cada partido na votação de ontem. Talvez haja algum erro, um voto para mais, um para menos, mas o resultado geral mostra que Bolsonaro foi traído pelo centrão, bancada à qual acabou de entregar o ministério mais importante do governo.

O partido mais fiel a Bolsonaro é o PSL. Deu 47 votos pelo voto impresso. Ainda assim, seis deputados foram contra.

O segundo no ranking da fidelidade é o Republicanos,com 27 votos. Mas quatro deputados votaram contra Bolsonaro.

No PP, partido de Lira e de Ciro Nogueira, 15 votaram com Bolsonaro e 13 contra.

No PL, o maior partido do centrão, o resultado foi ainda pior. Apenas 12 pró Bolsonaro e 23 contra.

O PSDB se dividiu, mas deu mais votos ao governo: 14 a 12.

Kassab fez campanha contra o voto impresso, mas seu partido, o PSD, não o ouviu: 21 a 12 a favor de Bolsonaro.

Bolsonaro também ganhou no MDB: 15 a 10.

Ganhou no DEM: 14 a 8.

Roberto Jefferson é mais bolsonarista que Bolsonaro, mas o minúsculo PTB, que preside, deu dois votos a favor da urna eletrônica e seis pelo voto impresso.

O PSB expôs a sua divisão: 17 contra o voto impresso e 13 a favor.

O Solidariedade, do Paulinho da Força, também rachou: 7 a 4 pela urna eletrônica.

Não houve unanimidade no PDT: 19 contra Bolsonaro e seis a favor.

Quem deu mais votos contra Bolsonaro foi o PT: 53. Nenhuma dissidência.  

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