Censura do YouTube ao 247 mostra perda de poder da mídia tradicional
"As plataformas digitais, americanas de origem, coveiras dos velhos meios, se ocupam agora de agir sobre quem pode fazer presidentes"
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Por Mario Vitor Santos
A censura pelo YouTube dos vídeos alusivos à facada de Juiz de Fora, realizados e postados pela TV247, coincidiram com a retirada, pela mesma plataforma, da desastrada live de Bolsonaro com os embaixadores para atacar o processo eleitoral brasileiro.
Neste caso, o 247 foi escandalosamente usado pelos censores do Youtube para aparentar uma suposta equidistância, uma paridade de critérios, um cancelamento "justo" contra a direita e a esquerda.
Para além da tesoura restritiva da liberdade de informação, coisa que não deveria ser seara aberta ao humor e às preferências de uns sujeitos numa plataforma privada, a trampa é significativa também por outros detalhes.
Na verdade, o 247, sendo censurado e caluniado pela ofensiva acusação de "discurso de ódio", alegada a título de justificativa pelo Youtube, não deixa de ser distinguido pelo reconhecimento de sua força política.
O documentário da facada, realizado pelo repórter Joaquim de Carvalho, teve grande audiência. Seus questionamentos à facada comportam dúvidas habituais ao jornalismo. Não havia neles nem ofensa ou manipulação para a sua supressão digna de uma ditadura.. O motivo é outro. o que incomoda é a força do canal e a qualidade de seus jornalistas.
O episódio indica ainda a perda de importância da mídia tradicional, em processo de franco esgotamento de sua influência política.
Sem força para ter candidatos fortes associados a ela na eleição presidencial, exaurida e cooptada financeiramente pelas plataformas digitais que antes combatia, a mídia corporativa assiste à eleição sem poder se engajar e, pior, sem que ninguém com ela se engaje ou se engane.
Não há mais quem dê muita importância para o Jornal Nacional, que dirá para a Folha, Estadão e as revistas à míngua e moribundas.
As plataformas digitais, americanas de origem, coveiras dos velhos meios, se ocupam agora de agir sobre quem pode fazer presidentes. Buscam se beneficiar pela censura e, ao fazer isso, acabam mesmo é coroando os influentes.
Quem são eles? Bolsonaro (com suas redes de fake news) concorre pelo lado da barbárie que destronou a velha direita (e a velha mídia) antes nucleada pelos tucanos. Do outro lado, destaca-se o 247 (em companhia de diversos portais). Ambos são quem disputa de fato os corações e as mentes dos brasileiros.
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