Causas e efeitos da candidatura de Marcelo Castro como “nova pedra” no caminho de Temer
O primeiro “grande problema” considerado pelo presidente interino, ultimamente andando revoltado com o resultado, é que a candidatura de Castro ameaça o projeto de substituição criado com a participação de Eduardo Cunha
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A dados da véspera da votação para a escolha do novo presidente da Câmara Federal, o fato novo gerado pela ascensão do deputado federal Marcelo Castro disputando a presidência da Casa pelo PMDB com chances de disputar a vitória, permite atestar vários fatores de ameaça à estabilidade do comando do presidente Interino, Michel Temer, a partir da legenda que, a priori, ele também preside.
Mais do que isso, transforma uma “candidatura Zebra” em projeto potencializado com o resultado desta segunda-feira podendo desbancar toda a herança do deposto presidente Eduardo Cunha.
Para início de conversa, não são só Temer, Cunha e companhia os personagens assustados com o crescimento da candidatura de Marcelo Castro por ele ser habilidoso e ser tratado como interlocutor de confiança, mas toda a estrutura em torno dos partidos de sustentação ao presidente interino, a exemplo de PSDB, DEM e as legendas do Centrão.
A PARTIR DO PMDB
O primeiro “grande problema” considerado pelo presidente interino, ultimamente andando revoltado com o resultado, é que a candidatura de Castro ameaça o projeto de substituição criado com a participação de Eduardo Cunha.
Na prática, a mega estratégia está ameaçada por um azarão de última hora, posto que ninguém imaginava que surgiria algo tão ascendente capaz de meter medo e ameaçar ao Esquemão de Temer.
O fato de tudo estar acontecendo no PMDB motiva mais ainda as interpretações sobre outras reais ameaças porque do pronto-de-vista ético, a dados de hoje, o partido não poderá deixar de votar em Castro porque, do contrário, seria a desmoralização da legenda.
FORÇA ATRAINDO OPOSIÇÃO
A Oposição na atual realidade puxada pelo PT, PC do B, PDT passou a ver chances de sucesso e tem atraindo outras legendas na articulação de um processo ascendente projetando claramente que Marcelo de Castro passou a ter chances de ir para o segundo turno em primeiro lugar diante do deputado Rogerio Rosso ou do Democrata Rodrigo Maia.
Nesta quinta-feira, o veredicto estará posto com prognósticos até do Palácio do Planalto de ameaça de Castro.
REAÇÃO DE TEMER
A primeira delas, horas depois de considerar o PMDB um partido republicano, foi recusar receber em audiência o deputado pemedebista que fora espontaneamente construir um Pacto bem resolvido entre eles.
Ao não recebê-lo, Temer trata Marcelo Castro como candidato “persona non grata” pelo fato de representar o soerguimento da herança Dilma logo tem passado todas as horas e até madrugada na busca de reversão.
PERFIL MODERADO
O médico e deputado federal piauiense é politico de convicções e de palavra. Mais do que isso representa a geração da classe politica longe de escândalos e de malversação com o dinheiro público.
Nisto ele vence seu principal concorrente, Rogerio Rosso, acusado de estar envolvido em novo escândalo do DEM no Distrito Federal.
SINTESE DA ÓPERA
O poema famoso de Carlos Drummond sobre a Pedra no Caminho deve servir de alusão circunstancial para se compreender o papel de Marcelo Castro na atualidade como referência real de ameaça e/ou pedra na trajetória tão precoce do presidente interino e sua turma.
A vitória de Castro deixou de ser zebra, apenas.
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