Caso ianomâmi: para bom entendedor, meia palavra basta

As imagens são estarrecedoras e se juntam aos pedidos antigos contra Bolsonaro e a despeito de já ter havido um crime de genocídio

Índios ianomâmis em Roraima
Índios ianomâmis em Roraima (Foto: Condisi-YY/Divulgação)


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Genocídio. Essa é a palavra. A tragédia humanitária é fruto de um pensamento de extermínio, onde o gatilho foi apertado por uma pessoa: O presidente Bolsonaro. Genocídio é segundo o dicionário Oxford, o “extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso”. Existe pedidos ao Tribunal Internacional de Haia, para investigar a conduta de genocídio provocado pelo ex-presidente e desde o julgamento de Nuremberg e desde a aprovação da “Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio”, a análise desses pedidos são complexos para apontar a responsabilização pelo seu cometimento no direito penal internacional. 

Não era surpresa de ninguém, que Bolsonaro abominava os indígenas. Logo no período Collor, o então deputado Jair Bolsonaro, apresentou um projeto legislativo, contra as demarcações de terras Yanomamis. Na década de 90, já havia a Comissão pela Criação do Parque Yanomami (CCPY) que lutava contra a fixação de garimpeiros na Floresta Nacional de Roraima. O apoio contra a entrada dos garimpeiros tinha adesão da CNBB e SBPC que culpavam o governo Sarney de tentar assentar os destruidores na mata. Já naquela época, havia o decreto 98.502, que atestava a retirada dos garimpeiros. A 30 anos, Bolsonaro luta para acabar com as terras Yanomamis através de decretos, afirmando que não eram brasileiros e sim Venezuelanos.

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Darcy Ribeiro, em seu clássico “O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil”, observa que os povos indígenas concebiam a vida como uma tranquila fruição da existência. Isso porque seu mundo é dadivoso e sua sociedade solidária. Porém, as ocupações ao longo da história, somadas a cobiça das terras e pedras preciosas, fez com que uma horda de interesseiros rondasse as terras, somando o discurso venenoso de ódio aos indígenas aos populares dos lugarejos próximos, atestando que nem pessoas poderiam ser consideradas. Essa visão se estende até os dias de hoje. Haja vista a declaração do atual governador de Roraima, Antonio Denarium, do PSL, amigo do presidente Bolsonaro, falando que os indígenas deveriam se aculturar.

Bolsonaro articulou militarmente a abertura de porteira para o garimpo ilegal trabalhar com toda paz em terras Yanomamis. Desarticulou agencias fiscalizadoras, militarizou o IBAMA, apoiou todas as invasões de garimpeiros, querendo inclusive colocar como trabalho legal, aproveitou para apoiar a venda de madeiras de forma ilegal, onde tramita uma investigação americana apontando o então ministro Ricardo Salles como um dos chefes da organização criminosa internacional e tentando cobrir todos os crimes feitos por garimpeiros que conseguiram se juntar aos narcotraficantes e montar um verdadeiro grupo armado na região.

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Permitir que bandidos agissem como exploradores já é o escândalo do século, que ainda introduziram tuberculose, malária, envenenamento através do mercúrio é aceitar o genocídio de povos indefesos. O rastro de destruição da natureza, degradação social dos povos indígenas, prejuízo pelo contrabando ilegal e aviltamento de nossas riquezas, são o legado triste de Bolsonaro no poder. Se o Tribunal Internacional de Haia acolher os pedidos de investigação, Bolsonaro pode se juntar se condenado, a nomes como "Thomas Lubanga, ex-líder rebelde da República Democrática do Congo;

Germain Katanga, ex-militar da República Democrática do Congo ; Bosco Ntaganda, ex-general do exército da República Democrática do Congo; Slobodan Praljak, general bósnio-croata e Ahmad al-Faqi al-Mahd, professor malês que aderiu ao Anser Dine, grupo ligado com a Al-Qaeda.

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As imagens são estarrecedoras e se juntam aos pedidos antigos contra Bolsonaro e a despeito de já ter havido um crime de genocídio reconhecido por lei no Brasil na década de 90, justamente com os povos Yanomamis, conhecido como o MASSACRE DE HAXIMU, Bolsonaro será condenado no Brasil, afinal, sua liderança foi essencial para esse extermínio.  Tanto a Liderança como um fenômeno de influência interpessoal  como com uma relação funcional entre líder e subordinados, assim como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação.  A ficha corrida de Bolsonaro já está maior que o Everest.

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