Carta fora do baralho e as oportunidades para Lula
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Quando se retira uma carta fora do maço de baralho significa que ela perdeu o valor, deixou de ser importante ou, em outras palavras, não integra mais o jogo. O fato marcante do último dia do mês de junho foi exatamente esse: Jair Bolsonaro não poderá concorrer à Presidência da República nas próximas eleições. Ele está inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, após julgamento no Superior Tribunal Eleitoral.
O ex-presidente, agora um nanico no tabuleiro político do Brasil, perdeu relevância até mesmo no interior de seu núcleo ideológico, a extrema direita. Tal fato é de suma importância para o campo democrático, mas principalmente para o governo Lula. A inelegibilidade fortalece a esquerda e é uma oportunidade impar para promover reais mudanças para classe trabalhadora, com baixa contestação de grupos de direita. É também o momento de o PT fomentar atos políticos públicos que incluam os trabalhadores. Tais ações podem, com certeza, aumentar a politização da massa e promover a exacerbação da democracia.
O governo Lula tem de colocar em prática programas sociais ousados que sejam constantes e perenes, principalmente na economia e educação. É necessário lembrar que o nome fundamental da direita se tornou uma carta sem naipe, mas, como ensinou o dramaturgo e poeta alemão, Bertold Brecht, “a cadela do fascismo está sempre no cio”. Ou seja, a classe dominante logo logo alçará um novo ídolo que substitua Bolsonaro. O governo Lula, por isso, tem de atuar com ainda mais velocidade.
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