Capitalismo e mau-caratismo

Não pode haver capitalismo sem acordos escusos, feitos na calada da noite, ao arrepio da lei e da ética? Sem o extermínio dos mais fracos? Sem corrupção? Ou, talvez, melhor dizendo: a corrupção do homem, e de seus valores mais nobres, está no cerne do capitalismo, em seu DNA?

Não pode haver capitalismo sem acordos escusos, feitos na calada da noite, ao arrepio da lei e da ética? Sem o extermínio dos mais fracos? Sem corrupção? Ou, talvez, melhor dizendo: a corrupção do homem, e de seus valores mais nobres, está no cerne do capitalismo, em seu DNA?
Não pode haver capitalismo sem acordos escusos, feitos na calada da noite, ao arrepio da lei e da ética? Sem o extermínio dos mais fracos? Sem corrupção? Ou, talvez, melhor dizendo: a corrupção do homem, e de seus valores mais nobres, está no cerne do capitalismo, em seu DNA? (Foto: Lula Miranda)


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Seriam o capitalismo e o mau-caratismo parceiros indissociáveis?

Do tipo "unha e carne"?

Seria o mau-caratismo uma espécie de mazela do capitalismo? Uma das, certamente, mas uma das principais. A que o conduziria, finalmente, fatalmente, à ruína, à morte?

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Não pode haver capitalismo sem acordos escusos, feitos na calada da noite, ao arrepio da lei e da ética? Sem o extermínio dos mais fracos? Sem corrupção?

Não pode haver capitalismo sem egoísmo?

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Ou, talvez, melhor dizendo: a corrupção do homem, e de seus valores mais nobres, está no cerne do capitalismo, em seu DNA? Uma de suas maiores, digamos, "maldições". Tal ditame ou premissa capital seria, para esta doutrina, uma espécie de dogma?

Por que me vieram à cabeça, justo agora, essas reflexões?

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Porque, não sei vocês se deram conta, a escória da política (gente da pior espécie) tomou o poder no Brasil, por intermédio de um golpe parlamentar, e, como uma suposta consequência desse fato, o tal "deus mercado", segundo nos informa diuturnamente a grande imprensa, já dá sinais de otimismo e os capitais especulativos regressam solertes ao país. O FMI volta à ribalta para dizer que os fundamentos da nossa economia estão se tornando, novamente, mais sólidos.

Como assim?!

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Deu-se conta da singela fórmula? Ainda não?

Sim, é a de sempre, a mesma de antanho: a canalha está no poder. E os especuladores estão de volta. Prontos para lucrar, despudoradamente, com os juros mais altos do mundo, com um dos salários mínimos mais indecentes do planeta, com a "flexibilização" (leia-se precarização) dos direitos dos trabalhadores (estes entulhados em favelas, trens e ônibus lotados), com a privataria neo-neoliberal, com a parceria espúria e criminosa de sempre com a nossa classe média conservadora e servil.

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Mas, não se engane, não pense que escrevo sobre esse tema porque sou contra o capitalismo. Esclareço-lhes, mais uma vez: sou capitalista. O simplismo e as simplificações rasteiras que infestam a grande mídia, não devem nos contaminar (e adestrar). Ser crítico não significa exatamente ser irremediavelmente contrário ao capital ou ao capitalismo.

Além de poeta, portanto além de lidar com as palavras e as ideias, sou economista de formação. Nessa condição, trabalhei por mais de três décadas na administração pública. Reuni-me com empresários (grandes, médios e pequenos); visitei suas fábricas, seus negócios; participei de reuniões. Vi, portanto, por dentro, as engrenagens do sistema. Como ele funciona.

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Vi, bem de perto, as relações promíscuas de empresários com políticos e agentes públicos.

Vi colegas, de origem mais humilde, empolgados e envaidecidos por sentarem-se à mesa com grandes empresários.

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Vi homens vendendo a sua moral e dignidade na bacia das almas.

Portanto, meninos eu vi!

E agora vejo, novamente, os canalhas tomarem o poder na condição nada edificante de capatazes do capitalismo. Mas do capitalismo mais escroto.

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