Candidatura tucana à Presidência já nasce morta

Com sua recente declaração, em que defende a manutenção do apoio do PSDB ao governo Temer, afirmando que a agenda reformista é a mesma dos tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso "dá sua contribuição para o inevitável fracasso da candidatura tucana, agora definitivamente carimbada com o selo do desastroso governo Temer", opina o colunista Ribamar Fonseca; "Geraldo Alckmin já havia afirmado que se eleito dará prosseguimento às reformas de Temer, que são as mesmas do seu partido e que foram reprovadas pelo povo. Como ele pretende eleger-se cometendo os mesmos desastres que a população condena?", questiona

Com sua recente declaração, em que defende a manutenção do apoio do PSDB ao governo Temer, afirmando que a agenda reformista é a mesma dos tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso "dá sua contribuição para o inevitável fracasso da candidatura tucana, agora definitivamente carimbada com o selo do desastroso governo Temer", opina o colunista Ribamar Fonseca; "Geraldo Alckmin já havia afirmado que se eleito dará prosseguimento às reformas de Temer, que são as mesmas do seu partido e que foram reprovadas pelo povo. Como ele pretende eleger-se cometendo os mesmos desastres que a população condena?", questiona
Com sua recente declaração, em que defende a manutenção do apoio do PSDB ao governo Temer, afirmando que a agenda reformista é a mesma dos tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso "dá sua contribuição para o inevitável fracasso da candidatura tucana, agora definitivamente carimbada com o selo do desastroso governo Temer", opina o colunista Ribamar Fonseca; "Geraldo Alckmin já havia afirmado que se eleito dará prosseguimento às reformas de Temer, que são as mesmas do seu partido e que foram reprovadas pelo povo. Como ele pretende eleger-se cometendo os mesmos desastres que a população condena?", questiona (Foto: Ribamar Fonseca)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

A chamada Grande Imprensa, na verdade o oligopólio da imprensa familiar, festejou com estardalhaço o crescimento do PIB em 0,1% no terceiro trimestre deste ano. Parece a história daquele sujeito que, ao morrer e chegar às portas do céu, apresentou eufórico como sua grande obra na prática do bem, durante toda a sua vida, não ter pisado numa pequena aranha que passou perto dos seus pés. Esse minúsculo e vergonhoso "pibinho", que colocou o Brasil em penúltimo lugar no ranking entre 47 países, foi comemorado com rojões pelas emissoras de televisão, em especial a Globo, e pelos jornalões, como o grande feito do governo Temer em quase dois anos. E foi, também, motivo de risos nos outros países, onde os festejos da nossa mídia "pela retomada do crescimento" foram encarados como piada. O povo brasileiro, que nas mais recentes pesquisas considerou o governo Temer o pior de toda a História – superou até o de FHC – também riu desse "pibinho" ridículo, saudado com foguetório pela mídia golpista à falta de algo melhor desse governo para comemorar. Se depender desse 0,1%, porém, Temer ou o seu candidato não se elege nem a inspetor de quarteirão, mas ele, surpreendentemente, se mostra confiante nesse resultado para disputar as eleições de 2018.

A cada nova pesquisa mais cresce a reprovação do povo ao presidente golpista, por conta justamente de suas medidas, sobretudo suas ditas reformas, que só causam prejuízos à população. O desmonte da Petrobrás e a entrega de nosso petróleo para as empresas estrangeiras são motivos também da rejeição ao governo Temer, que até a presente data não tomou uma só medida que recebesse a aprovação popular. Ainda assim o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, depois de atribuir "à dupla Lula-Dilma" a culpa pela atual situação do país, afirmou, em artigo neste domingo, que "a despeito de tudo, até da crise moral, o governo vai atravessando o despenhadeiro" pela "ponte para o futuro" que ele próprio classificou não faz muito tempo de "pinguela". No artigo, sob o título de "Coragem e decência", FHC defende a manutenção do apoio do PSDB ao governo Temer, afirmando que a agenda reformista é a mesma dos tucanos. "Não há razão – escreveu o ex-presidente tucano – para um partido como o PSDB repudiar o apoio que deu ao governo de transição (leia-se golpista), muito menos para, dentro ou fora do governo, deixar de votar a agenda reformista, que é a do próprio partido".

Com essa declaração, que endossa recente posicionamento do governador Geraldo Alckmin, virtual candidato do PSDB à Presidência da República, FHC dá sua contribuição para o inevitável fracasso da candidatura tucana, agora definitivamente carimbada com o selo do desastroso governo Temer. Alckmin já havia afirmado que se eleito dará prosseguimento às reformas de Temer, que são as mesmas do seu partido e que foram reprovadas pelo povo. Como ele pretende eleger-se cometendo os mesmos desastres que a população condena? Para FHC "a hora é de coragem para mostrar como o partido vê o futuro e como colabora para formar uma sociedade melhor (apoiando medidas igualadoras e votando a favor das reformas). Não se trata de questão eleitoral, mas de compromisso com o povo e com o Brasil". Isso é um deboche! "Compromisso com o povo e com o Brasil??" A julgar pela posição dos dois tucanos emplumados parece que eles não acreditam em pesquisas, pois ao mesmo tempo em que defendem ardorosamente as chamadas "reformas" de Temer, condenadas pela população, se mostram confiantes numa vitória nas próximas eleições. Ainda não se deram conta de que a mídia familiar já não faz mais a cabeça do povo?

continua após o anúncio

O governador paulista deve pensar que o povo é tolo, pois prega o desembarque do seu partido do governo Temer e, ao mesmo tempo, estreita os seus laços com o presidente golpista. Cinicamente diz que deseja o PSDB fora do governo, imaginando com isso iludir os desavisados, mas continuará dando apoio a Temer, aprovando todas as propostas do seu interesse. Que diabo de desembarque é esse? Na verdade, tudo não passa de uma grosseira encenação que, no entanto, não engana mais a ninguém. O povo, que em sua maioria há muito deixou de pensar pela cabeça da mídia familiar, no próximo ano depositará nas urnas o voto de desaprovação a esses políticos que, usando o mandato que lhes outorgou, votam sempre contra os interesses do país. Deputados e senadores que aprovaram o impeachment de Dilma e todas as maldades de Temer não voltarão para o Congresso após as eleições de 2018. E ficarão ainda mais distantes da reeleição se aprovarem a reforma da Previdência, conforme acordado no jantar de domingo na casa do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, com o presidente golpista. Depois do rega-bofe Maia se mostrou otimista quanto a aprovação da proposta.

Na verdade, todos os que aprovam as medidas de Temer, incluindo governadores como Geraldo Alckmin, não terão a menor chance nas urnas. O povo não aceita mais esse Congresso medíocre de maioria corrupta, comprável, golpista e entreguista que dá sustentação a esse governo controlado por uma quadrilha, à frente Temer, que só tem causado prejuízos ao Brasil. Criminalizada pela Lava-Jato, desacreditada pela população e desmoralizada pela mídia a classe política acabou gerando a candidatura de Bolsonaro, colocada hoje em segundo lugar nas pesquisas, o que evidencia a decepção da população com os políticos tradicionais. Só a mídia golpista familiar, embora consciente do desastre do governo Temer, procura pintar um quadro otimista, apresentando um país irreal em desenvolvimento com o objetivo de enganar a população. Mas ao que parece só tem conseguido iludir o próprio governo e seus aliados, cujos membros já falam até em "legado". Por conta desse quadro Lula cresce a cada pesquisa como a única solução para o país, razão pela qual seus inimigos no Judiciário aceleram as manobras para impedi-lo de concorrer. Não conseguirão, porém, porque o povo o quer de volta ao Palácio do Planalto.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247