Candidatos a prefeito do Rio: De político de cativeiro a presidente de clube
A campanha começou em clima de pandemia e com a presença pouco sutil da milícia nos conhecidos currais eleitorais
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O primeiro debate dos candidatos à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, a mais importante capital cultural do país, realizado dia 1º de outubro pela Band Rio, trouxe uma diversidade interessante para o eleitor. Dos quatorze candidatos, quatro concorreram mais de uma vez, dois foram candidatos a vice em outras eleições e oito são estreantes.
O atual prefeito Marcelo Crivella, do Republicanos, concorre com a sombra do impeachment que o persegue na ALERJ. O prefeito dos ‘guardiões’, usou de extrema baixaria e mau gosto quando insinuou que, caso a candidata do PSOL Renata Souza, seja eleita, as crianças receberiam kit gay e seriam estimuladas ao uso de drogas nas escolas.
O ex-prefeito Eduardo Paes, do DEM, dividiu com Crivella a preferência dos outros candidatos para debaterem no palco. Eduardo foi o prefeito da Copa do Mundo e da Olimpíada, realizou obras importantes, principalmente nas vias públicas. Paes tem sua imagem associada ao ex-governador Sérgio Cabral, que está preso.
A candidata do PT, Benedita da Silva, tem em seu currículo cargos como vereadora, deputada, senadora, ministra, secretária de estado, vice-governadora e governadora. É uma trajetória significativa, principalmente pelas dificuldades sociais históricas que mulheres, negras e faveladas são submetidas por uma sociedade hipócrita e escravagista.
Entre os oito candidatos debutantes, temos um ex-nadador bolsonarista, Luiz Lima do PSL; Uma ex-juíza, Glória Heloíza do PSC, partido do pastor Everaldo, preso em operação contra desvios de verbas na saúde, a candidata é apadrinhada do governador afastado Wilson Witzel; Um candidato criado em cativeiro, Paulo Messina do MDB, solto em época de eleição; Um ex-presidente do Flamengo, Bandeira de Melo da REDE; Fred Luz do Novo, ligado à iniciativa privada.
Também estiveram presentes as candidatas Clarissa Garotinho do Pros e Marta Rocha do PDT, que são bastante conhecidas pelos eleitores da capital do Rio de Janeiro.
Os candidatos Cyro Garcia e Henrique Simonard do PSTU e PCO respectivamente, ficaram fora do debate, assim como a candidata Suêd do PMB, atendendo a um critério antidemocrático e injusto.
Com isso ficamos sem ouvir Cyro Garcia que, se não tem muita chance, tem conteúdo. A campanha começou em clima de pandemia e com a presença pouco sutil da milícia nos conhecidos currais eleitorais.
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