Candidato oculto de FHC: FHC
Seria candidato ideal de Washington, do modelo neoliberal, do consenso washingtoniano, para ocupar o Planalto, a partir de 2019, se eleito, para tocar adiante o que fez, quando lá esteve: sucatear o Brasil. Afinal, ele foi o primeiro presidente antinacional do antiestado brasileiro
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FHC espalha que Alckmin não une o centro, ou seja, que não é o candidato ideal. Joga, aparentemente, com o showman Huck, para queimá-lo como candidato da Globo, odiada pela população. Sobra quem como candidato confiável? Ele, claro. Candidato de si mesmo.
Presidente antinacional
FHC é tremendo prestidigitador. Joga indícios, suposições e diversas versões sobre o que está por trás da sua fala. Ergue, ironicamente, como teórico do domínio do fato eleitoral dentro do tucanato. Isso encanta seus admiradores e apavora seus correligionários.
Agora, volta a encher a bola de Huck, garoto propaganda da Globo. Deixa no ar que o quer candidato ao Planalto ou candidato ao governo do Rio. O PSDB fica em polvorosa a perguntar: que quer FHC? Freud teria resposta na ponta da língua: as palavras escondem o pensamento.
Tamanha confusão cria, produzindo manchetes e gazetas, que deixa no ar algo mais sutil, porque, afinal, quem aparece é ele, não quem escolhe para ser o que almeja. Fica a desconfiança: o candidato dele não é nem Huck, que elogia, dizendo ser necessária renovação partidária pela juventude etc(algo no qual não acredita de verdade, pois se julga, espiritualmente, jovem. Logo…), nem Alckmin, ao qual diz apoiar, dia sim, dia não, porém, deixando entrever outras alternativas.
Essa tática ele usou para defenestrar o prefeito de São Paulo, João Dória. Estimulou nele o máximo de ousadia, extroversão, ambição e ambiguidades, para deixar Alckmim louco. Pularia da prefeitura para o Planalto num voo espetacular tucano. O prefeito fak news acabou metendo pés pelas mãos, até se autoinviabilizar por excesso de falastronices e exibicionismos, engrossados por falta de experiência e exageros de ambição. Como peixe, morreu fisgado pela boca, embora se considere vivo, para a disputa ao governo paulista.
Depois de ajudar implodir Dória, FHC ficou, aparentemente, com as alternativas Alckmim e o showman Huck, candidato, antes de tudo, da vênus platinada. A saída prematura dele do páreo, há poucos meses, foi uma enganação ardilosa. Deram por verdade sua desistência, mas ficou no ar que poderia voltar a admitir candidatura. Num desses Domingão do Faustão, apareceu de repente, cheio de bossa e salamaleque. Deu no que falar.
Seus programas, aos sábados, são pura politicagem disfarçada, distribuindo casas, como se as construíssem com grana própria. Lança, pela internet, convites aos jovens militantes, desde que não sejam do PT, para irem trabalhar com ele. FHC, nesse ínterim de poucos meses, com Huck dado como desistente, reafirmou apoio a Alckmin, sem muita convicção, como é a moda dele de atuar no cenário político, mantendo ambiguidades propositais. Mente prá ele mesmo que está apoiando alguém.
Quando presidente da República, numa visita ao Hospital Sara, em 2000, FHC admitiu, em tom de brincadeira, que conta umas quatro mentiras por dia. Brincadeira? Só quatro? Seria ou não, para ele, verdade ou mentira a candidatura Huck, como foi uma mentira a prematura e furada candidatura Dória ao Planalto? O tom galhofeiro dele serviu, como sempre, para evitar, com a ajuda da mídia, que o paparica, ensaios mais profundos dos entendidos sobre o seu verdadeiro pensamento. Seria, mesmo, mentiroso, brincalhão, ou tudo junto e misturado, jogando pistas enganosas por todos os lados?
Ou seja, não é possível deixar de cogitar, em face da sua capacidade de confundir e mudar de posição, permanentemente, que ele, na verdade, não tem, aparentemente, posição. Fica claro que aguarda, sempre, os acontecimentos, para ter a posição fluida, volátil, daquele momento, e olhe lá.
Mais correto é desconfiar que continua ainda sonhando, sem tirar pés do chão, mediante muita manipulação idealista, que não há lugar, no seu pretensioso superego, inflado de vaidade extremada, outro candidato do PSDB, senão ele próprio. Sua tática explícita, que não consegue enganar ninguém, nem ele mesmo, é essa, mesma, na qual está empenhado: jogar, dentro do PSDB, uns contra os outros, para que, ao final, seja ele a opção do partido para disputar a eleição. O velho político, com ar de malandragem, joga, para valer, em ser consenso partidário, capaz de unir todas as facções tucanas.
Seria candidato ideal de Washington, do modelo neoliberal, do consenso washingtoniano, para ocupar o Planalto, a partir de 2019, se eleito, para tocar adiante o que fez, quando lá esteve: sucatear o Brasil. Afinal, ele foi o primeiro presidente antinacional do antiestado brasileiro.
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