Campanha de Lula larga nas ruas para derrotar Bolsonaro e o golpismo
"Uma campanha ativa nas ruas será o meio mais eficaz para criar uma poderosa muralha política a favor de Lula e derrotar os intentos golpistas de Bolsonaro"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Milton Alves
Uma nova e decisiva fase da campanha eleitoral tem início nesta terça-feira (16). Os estados-maiores de campanha do ex-presidente Lula e do atual presidente ajustam as estratégias políticas e preparam as operações de mobilização da militância e de seus apoiadores mais engajados. Tudo aponta para uma campanha acirrada, com uma dura disputa pelo voto.
Segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula segue liderando, consolidado na dianteira, mas Bolsonaro apresenta alguma reação, o que pode ser atribuído ao gigantesco pacote de liberação de recursos com a chamada “PEC do desespero” — uma tentativa governista para impedir a vitória de Lula no primeiro turno.
A campanha de Lula precisa impulsionar uma forte e potente mobilização de rua já na largada da batalha eleitoral, motivando a base mais ampla da militância de esquerda e dos setores populares que se identificam com o líder petista — há milhões de lulistas que não são petistas.
A politização da campanha eleitoral de Lula é um fator essencial para travar o combate contra as mentiras e para denunciar a destruição do país promovida pelo governo bolsonarista.
A agenda que deixa o bolsonarismo na defensiva é a que trata das reais condições de vida da população: da volta da fome, da inflação, da carestia dos alimentos da cesta básica, do desemprego, o corte de recursos do SUS e da educação. Além disso, esclarecer a trapaça do auxílio emergencial de R$ 600,00, datado até dezembro.
O legado dos governos petistas é importante elemento de narrativa, mas o central no momento é apresentar o que fazer a partir de janeiro de 2023 diante da profunda crise econômica e social em curso. Ou seja, só um novo governo e um novo rumo na economia podem salvar o país e o povo trabalhador da destruição neoliberal.
Uma campanha eleitoral de Lula, vibrante e massiva, é o instrumento para mobilização popular, que impulsione a multiplicação dos comitês populares Lula Presidente nos locais de trabalho, moradia, estudo e nas comunidades virtuais da Internet.
Por sua vez, Bolsonaro segue na convocação do dia 7 de setembro, conclamando seus apoiadores a ocuparem as ruas do país na data simbólica do bicentenário da independência do Brasil. É um recurso tático para manter o quadro de tensão política e, ao mesmo tempo, uma tentativa de intimidação da militância popular e de esquerda.
Uma campanha ativa nas ruas será o meio mais eficaz para criar uma poderosa muralha política a favor de Lula e derrotar os intentos golpistas do governo bolsonarista, abrindo uma saída democrática para a crise política, econômica e institucional em curso — e elegendo Lula e uma numerosa bancada de esquerda para o Congresso Nacional.
A campanha eleitoral começa com Lula na frente, o bolsonarismo reage, novamente, com um arsenal de mentiras. É preciso responder cada mentira da candidatura governista com firmeza, desmoralizando a fábrica de “fake news” do gabinete do ódio e dos vendilhões do templo, pastores picaretas e bilionários que abusam da boa fé do povo mais pobre e desinformado.
Nesta semana novas pesquisas eleitorais estão previstas, e que indicarão os elementos e as tendências para análises na definição dos próximos passos da campanha.
Nas ruas, e disputando cada voto do eleitorado popular, vamos vencer a barbárie bolsonarista e neoliberal. Só o amor não vence ódio, é necessário despertar a consciência da encruzilhada histórica em que o país foi mergulhado pelo golpe de 2016, fortalecer a unidade política da esquerda (e disputar o rumo da campanha com os setores mais centristas da Frente Ampla), e muito ativismo e organização nas próximas semanas.
E vamos à luta!
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247