Câmera oculta
O chamado Mensalão do DEM voltou. E deixa claro que Rogério Rosso, candidato à presidência da Câmara, além de Eduardo Cunha, é refém de outro personagem da Baixa Sociedade do DF, Durval Barbosa, ex-delegado de Polícia
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O chamado Mensalão do DEM voltou. E deixa claro que Rogério Rosso, candidato à presidência da Câmara, além de Eduardo Cunha, é refém de outro personagem da Baixa Sociedade do DF, Durval Barbosa, ex-delegado de Polícia.
Podemos chamar o Mensalão do DEM de Mensalão do Durval Barbosa, uma minissérie dirigida por Durval Barbosa, roteiro e fotografia de Durval Barbosa, estrelada por Durval Barbosa e milionário elenco, uma coprodução Polícia Federal-Durval Barbosa.
Foi ele o cineasta apesar de si mesmo que aceitou gravar aquela farra com dinheiro público a troco de punição mais leve para si próprio -- a PF, com a Operação Caixa de Pandora, que no mito grego se abre espalhando desgraças, em Brasília se fechou encerrando dentro dela o governador José Roberto Arruda e um bando de comparsas.
Na minissérie o governador no exercício do cargo foi filmado ao receber uma bolada de dinheiro. Aparecem outros enfiando o dinheiro nas meias, outro no bolso interno do paletó, uma terceira na bolsa de mulher, noutra o marido o da deputada federal Jaqueline Roriz, que viria a ser casssada, abre o zíper de uma mochila e Durval Barbosa, membro da gangue do Arruda, ali enfia um "paco" de quase um palmo de altura em notas de R$ 50.
Na edição da minissérie Durval Barbosa cortou um personagem que só aparece agora, na segunda temporada do Mensalão do Durval Barbosa. Trata-se de Rogério Rosso, aquele que viria a ocupar a cadeira de Arruda --, ele teve de renunciar porque o povo brasiliense foi à rua, ocupou a Câmara, brigou com a polícia e, em vez de ir discursar na convenção tucana de 2010 (era cotado para vice de Serra), foi ocupar uma cela da Polícia Federal.
Nesta segunda temporada, mais emoções.
Rogério Rosso, gravado, teria se tornado refém de Durval Barbosa, comendo na mão dele. Com aquele olhar de rufião melancólico, fazia tudo que o diretor da minissérie mandava no mandato-tampão.
E agora, na corrida pela presidência da Câmara, em mais um mandato-tampão, daí a ser chamado nos corredores de Sempre Livre ou Tampax, a caixa de Pandora pode se fechar de novo encerrando dentro dela o favorito do Centrão.
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