Câmera oculta

O chamado Mensalão do DEM voltou. E deixa claro que Rogério Rosso, candidato à presidência da Câmara, além de Eduardo Cunha, é refém de outro personagem da Baixa Sociedade do DF, Durval Barbosa, ex-delegado de Polícia

Brasília - O presidente da Comissão, Rogério Rosso e o relator, Jovair Arantes analisam o parecer que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O presidente da Comissão, Rogério Rosso e o relator, Jovair Arantes analisam o parecer que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Palmério Doria)


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O chamado Mensalão do DEM voltou. E deixa claro que Rogério Rosso, candidato à presidência da Câmara, além de Eduardo Cunha, é refém de outro personagem da Baixa Sociedade do DF, Durval Barbosa, ex-delegado de Polícia.

Podemos chamar o Mensalão do DEM de Mensalão do Durval Barbosa, uma minissérie dirigida por Durval Barbosa, roteiro e fotografia de Durval Barbosa, estrelada por Durval Barbosa e milionário elenco, uma coprodução Polícia Federal-Durval Barbosa.

Foi ele o cineasta apesar de si mesmo que aceitou gravar aquela farra com dinheiro público a troco de punição mais leve para si próprio -- a PF, com a Operação Caixa de Pandora, que no mito grego se abre espalhando desgraças, em Brasília se fechou encerrando dentro dela o governador José Roberto Arruda e um bando de comparsas.

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Na minissérie o governador no exercício do cargo foi filmado ao receber uma bolada de dinheiro. Aparecem outros enfiando o dinheiro nas meias, outro no bolso interno do paletó, uma terceira na bolsa de mulher, noutra o marido o da deputada federal Jaqueline Roriz, que viria a ser casssada, abre o zíper de uma mochila e Durval Barbosa, membro da gangue do Arruda, ali enfia um "paco" de quase um palmo de altura em notas de R$ 50.

Na edição da minissérie Durval Barbosa cortou um personagem que só aparece agora, na segunda temporada do Mensalão do Durval Barbosa. Trata-se de Rogério Rosso, aquele que viria a ocupar a cadeira de Arruda --, ele teve de renunciar porque o povo brasiliense foi à rua, ocupou a Câmara, brigou com a polícia e, em vez de ir discursar na convenção tucana de 2010 (era cotado para vice de Serra), foi ocupar uma cela da Polícia Federal.

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Nesta segunda temporada, mais emoções.

Rogério Rosso, gravado, teria se tornado refém de Durval Barbosa, comendo na mão dele. Com aquele olhar de rufião melancólico, fazia tudo que o diretor da minissérie mandava no mandato-tampão.

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E agora, na corrida pela presidência da Câmara, em mais um mandato-tampão, daí a ser chamado nos corredores de Sempre Livre ou Tampax, a caixa de Pandora pode se fechar de novo encerrando dentro dela o favorito do Centrão.

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