Camara debate endividamento dos agricultores
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Em debate na Cãmara o endividamento dos agricultores
Comissão Geral é uma reunião do plenário da Câmara para discutir assunto específico, permitida a participação de não-deputados. Na manhã desta quarta-feira, por proposta do deputado Zé da Silva (SD-MG), passará de nove às onze horas debatendo a situação financeira atual dos agricultores brasileiros. Em função da seca dos últimos três anos, que reduziu a produção e a produtividade, afora o cenário macroeconômico geral, grandes e pequenos agricultores estão endividados e, às vésperas de uma nova safra, enfrentam a alta dos juros.
Os bancos evitam divulgar o porcentual de inadimplência dos agricultores mas ela é elevada e crescente, garante o deputado, que é uma das lideranças do setor em Minas Gerais. A alta do dólar também tem seu impacto negativo. O governo, diz ele, demorou para liberar os recursos do chamado pré-custeio da safra e com isso adubos, fertilizantes e insumos que dependem de produtos importadores estão com os preços mais altos.
Embora a presidente Dilma tenha lançado o Plano Safra (para a grande agricultura) e o Plano Safra da Agricultura Familiar, com juros reduzidos para cada caso (chegando no máximo a 8,75%) Silva garante que os agricultores já estão enfrentando uma alta que varia de 166 a 300% nas taxas para a próxima safra. ´”Os bancos, na hora da contração dos empréstimos, impõem aos tomares a formação de um mix. Parte dos recursos pleiteados sai pelo Plano Safra, com seus juros reduzidos, e outra parte com taxas de mercado”, informa Silva.
- Vamos debater com o conjunto da Câmara e com lideranças do setor, elaborar um documento com propostas e tentar sensibilizar o governo para a adoção de algumas medidas – diz o deputado.
Este é um assunto que une as bancadas e os partidos, apesar do clima de guerra política. Assim como o tema da micro e pequena empresa, que na noite de terça-feira propiciou um raro momento de consenso, com todos os partidos apoiando a proposta do ministro Afif Domingos, que eleva o limite de faturamento das empresas para o enquadramento no Super Simples.
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