Calendário da CPI enterra impeachment
"Abrir processo de impeachment em 2022 é impraticável. Deputados estarão com foco nas campanhas e não no impeachment, que impõe negociações com o sucessor, no caso, o desconhecido general Hamilton Mourão", aponta Alex Solnik
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O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, acaba de anunciar que o relatório da CPI será entregue aos órgãos competentes - a PGR e o STF - no dia 20 de outubro.
Levando-se em conta que será necessário ao menos um mês para examiná-lo, estaremos aí, na melhor das hipóteses, no final de novembro, início de dezembro, às vésperas do ano eleitoral.
Abrir processo de impeachment em 2022 é impraticável. Deputados estarão com foco nas campanhas e não no impeachment, que impõe negociações com o sucessor, no caso, o desconhecido general Hamilton Mourão.
Outro fator que inviabiliza a ruptura é a formação de um novo governo em julho, a seis meses do final do mandato, se o processo de impeachment prosperar - pois dura mais ou menos 180 dias.
Não é factível que homens e mulheres de proa abandonem suas ocupações para integrar um governo-tampão.
O ministério de Mourão não será muito diferente do atual. Nem menos militar.
E, de mais a mais, o que seria pior: um fim de governo melancólico de Bolsonaro ou seis meses de um governo de direita novinho em folha?
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