Caiu na própria armadilha
Ao assegurar a sua passagem para o segundo turno, com percentual acima do esperado até por sua campanha, Bolsonaro validou o sistema eleitoral
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Ao assegurar a sua passagem para o segundo turno, com percentual acima do esperado até por sua campanha, Bolsonaro validou o sistema eleitoral, se firmou como líder da extrema-direita e de segmentos da direita menos extremados, porém, ideologicamente antipetista.
Gostou do resultado, não contestou, sabe que a possibilidade de perder no segundo turno é grande e deve estar centrado na sua inquietação de não ser preso.
Uma vez preso e condenado, o bolsonarismo se manterá, quem o substituirá nesse período de cárcere? Aceitará a prisão com vistas para quando estiver solto voltar a liderar a extrema-direita, inspirando no exemplo do Lula? E a sua saúde como estará?
Ciro e o impostor colaboraram para o resultado aquém das expectativas.
Dar uma sobrevida a Ciro, é sempre perigoso. O que sobrou de seus apoiadores já está depurado e tende a vir, até por decantação, para sacramentar a vitória da democracia frente ao fascismo bolsonarista. Antenas ligadas com o escorpião camaleônico, de sua verve sempre escapa veneno, notadamente por não ser quadro de fidelidade partidária e sim personalista.
Quanto a Simone, cautela com o seu salto alto.
Nunca precisamos de uma frente tão ampla para derrotar a direita, até com o decrépito Aécio Neves, viramos no final, e era com a Dilma. Desta vez estar à frente com expressivo seis milhões de votos, por que parece, para alguns, estar um pouquinho pior quando está melhor?
Os obuses de fakenews serão intensos e ininterruptos, que a campanha da frente da esperança, com suas brigadas digitais, esteja preparada para responder no tempo certo.
Está faltando crença em tudo que pregamos: acreditar na força de discernimento do povo, atingir mentes e corações dos mais sofridos, estar do lado certo da história e na garra da militância de esquerda.
O feijão com arroz e um pouquinho de farofa é substancioso, sempre sustentou os famélicos quando conseguem comer, assim, na política fazer o básico e não ser contaminado por aquelas forças antipetistas, que neste instante eleitoral prestam aparentes apoios em troca de concessões, nem sempre atendíveis, sob pena de desfigurar um programa de redenção da democracia e dos direitos dos trabalhadores, pode ser uma arapuca para o futuro.
Entretanto, agora, o foco é um só: derrotar o genocida miliciano!
Se Minas é a síntese eleitoral do Brasil, que a campanha priorize toda semana Lula lá, e Alkmin direto em São Paulo.
Nem gato por lebre e nem moedas podres.
Falta um tiquinho assim e o militante da democracia é o encarregado de conseguir.
Provas históricas existem e muita convicção de que sairemos vitoriosos desta prorrogação.
E sem pênalti!
À luta, irmãos e irmãs brasileiras, venceremos!
Francisco Celso Calmon
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