Cai a máscara do falso guerrilheiro



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Mea-culpa envergonhado

Fernando Gabeira, mordido pelo antipetismo, alienou-se, politicamente, para apoiar Bolsonaro; o mea-culpa que, agora, faz, dizendo que se equivocou, subestimando o presidente e sua incapacidade, parece mais uma fuga da realidade do que um exame sério de consciência; ele, claro, conhecia e conhece muito bem o capitão e sua histórica relação com as milícias cariocas; e, sobretudo, sabe que estas são bando de foras da lei alimentado pela corrupção congênita que toma conta do aparato policial do Rio, fonte da qual bebe o bolsonarismo, para se expandir como movimento político criminoso, do qual Mariele foi uma das maiores vítimas etc.

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Gabeira, também, conhece, suficientemente, bem os milicianos, como classe (anti)social, que se organiza como força econômica para promover exploração dos mais fracos, desprotegidos pelas forças do Estado, de modo a enriquecerem, numa clássica manobra de assalto, como forças colonizadoras sanguinárias. Como candidato de oposição em disputa eleitoral, na cidade maravilhosa, sempre soube quem realmente enfrentou, qual o poder de fogo de destruição da bandidagem, base de sustentação da candidatura bolsonarista; teria direito de equivocar-se e subestimar-se frente a tal corrente criminosa, para, depois, vir, na maior cara de pau, cometer a falsidade de uma mea-culpa, quando vê tudo desmoronar?

Sua história política não lhe dá esse direito: 1986(candidato ao governo do Rio pelo PV, com registro do PT, contra Darci Ribeiro); 1989(PV, presidência da República); 2008(pelo PV, prefeitura do RJ, contra Eduardo Paes); 2009( contra Sérgio Cabral).

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Como colega parlamentar do presidente sabia quem é a peça.

Tinha ou não plenas condições de alertar/denunciar, com segurança, para o que viria acontecer, como, de fato, está acontecendo, se Bolsonaro chegasse ao poder?

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Na prática, fingiu não conhecer os malefícios intrínsecos à realidade bolsonarista, o que seria mais do que suficiente para afastar de si qualquer escorregão em matéria de ingenuidade; estava, portanto, consciente do que praticou, jogando errado na demonização do PT, ao passar pano no bolsonarismo, como se fosse mal menor, dando uma de Pilatos, no credo, para tentar livrar-se dos tormentos de consciência que o assaltam, nesse momento; se há alguém que não teria justificativa alguma para dizer o que diz, agora, isto é, que subestimou Bolsonaro, esse alguém é ele, Gabeira.

Mefistófeles caboclo

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Carreirista, vendeu sua alma ao diabo; subverteu-se, conscientemente, para se salvar na Globo, onde toca seu jornalismo, politicamente, desengajado, que a pandemia dispensou, certamente, como justificativa da emissora para cortar custos de manutenção, com algo que não estava, na verdade, acrescentando nada de verdadeiramente útil; foi suportado, enquanto havia dinheiro sobrando, no oligopólio midiático, para bancar sua fantasia de sair pelo Brasil afora para brincar de jornalismo sem sabor de luta; vendeu a consciência o ex-guerrilheiro, consagrado por livros cujos conteúdos políticos acabou por negar para se salvar como profissional desengajado de suas responsabilidades históricas; como parlamentar, que grande projeto conseguiu aprovar no legislativo?

Fez-se de mal entendido diante da Operação Lavajato, rendendo-se, consciente, à conversa fiada dos procuradores, na tarefa de montar contra Lula processo forjado sem provas, como constatou reportagem do The Intercep Brasil; jamais questionou a farsa; sempre deixou entender, no seu linguajar escapista, coroado de literatice leve, sofisticada e falsa, existir alguma coisa que incriminava a esquerda, na montagem da farsa elaborada por Sérgio Moro, agora desnudado pela realidade; cadê artigo dele consequente para deixar a nu o juiz de Curitiba, figura caricata construída pela Globo, que se desfez como nuvem no embate da tempestade dos fatos? Deixou-se levar sem fazer autocrítica que tanto cobra da esquerda que abandonou, para salvar sua alma politicamente contaminada pelo ressentimento anti-petista, que ajudou expandir.

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Na verdade, ele agiu, deliberadamente, como quem precisava desvestir-se da sua armadilha de esquerda falsamente radical, para dispor de condições políticas desengajadas para trabalhar na vênus platina, de modo a sobreviver como um pequeno burguês mal humorado, com ares de sábio; no fundo está possuído da ideologia colonialista, organicamente, engajado nas causas de Tio Sam, no equilibrismo orçamentário fracassado do FMI e do Banco Mundial, na pregação da privatização das empresas estatais, agentes econômicos financeiros com os quais Vargas, a quem a Globo abomina, ergueu o Estado nacional soberano.

Gabeira é uma triste enganação, que, agora, se diz arrependido de ter se equivocado com quem conhecia bastante para não sair com essa desculpa esfarrapada, a fim de tentar ficar de bem com a história.

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https://www.brasil247.com/midia/gabeira-diz-que-subestimou-em-2018-o-perigo-que-bolsonaro-representa

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