Cada vez será mais perigoso

"Além de especialmente radicalizada, esta eleição de outubro também deverá ser a mais violenta da história", prevê Eric Nepomuceno

Bolsonaro e Lula
Bolsonaro e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | REUTERS/Washington Alves)


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Por Eric Nepomuceno, para o 247

Sábado agora, almoçando com amigos em Petrópolis, falamos de como, daqui para a frente, tudo vai ser diferente: teremos uma campanha eleitoral pontilhada de atos de violência de parte dos seguidores mais fanáticos de Jair Messias (que valha a redundância), e todo cuidado será pouco: o presidente vai continuar a insuflar violência.

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Pois poucas horas depois um seguidor fanático de Jair Messias, o agente penitenciário José da Rocha Guaranho, assassinou a sangue frio o guarda municipal petista Marcelo Arruda, que fazia festa de aniversário.

Não foi o primeiro ato de violência contra seguidores de Lula da Silva, mas o mais feroz. A primeira morte, e outras virão se não forem tomadas providências urgentes.  

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O problema é saber quem deveria tomar essas providências. E não há ninguém à vista, nem horizonte algum.

Jair Messias, aquele que na campanha de 2018 reivindicava “metralhar a petralhada”, tentou, como de hábito, escapar pela tangente.  

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Seu vice, o inacreditável general da reserva Hamilton Mourão, reacionário a não mais poder, atribiu tudo a uma briga de bêbados, tão comuns nos fins de semana.   

Ou seja: no que depender dessa dupla bizarra, ficaria tudo por isso mesmo. Jair Messias nunca incitou seu bando a metralhar petistas, e o general Mourão acha que foi apenas mais um incidente de fim de semana.

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Não foi, e os dois sabem disso. Houve o drone espalhando lixo num ato com Lula em Minas, houve a perseguição em Campinas do carro que levava Lula, houve a bomba na Cinelândia, centro do Rio, num outro ato com Lula. E agora um assassinato.

O problema não é só a segurança pessoal de Lula e da cúpula de sua campanha eleitoral. O problema é a segurança de quem se opõe a Jair Messias. Se atacam diretamente o ex presidente, é fácil imaginar o que farão com seus eleitores, sejam eles famosos ou desconhecidos.

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Como impedir que a violência se espalhe, quando o próprio mandatário e seus filhotes incentivam cada vez mais o ódio às esquerdas? A foto do bolo de aniversário do deputado Eduardo Bananinha mostra claramente o que vai pela cabeça desse bando: um bolo em forma de arma.

Confesso aqui meu temor, e ele não é pequeno. A esta altura há mais armas nas mãos de policiais, milicianos e cidadãos seguidores de Jair Messias do que nas mãos das Forças Armadas. Isso nunca aconteceu até agora. E mais armas chegam todos os dias nessas mesmas e também em outras mãos de seguidores do desequilibrado que preside este pobre país.

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Além de especialmente radicalizada, esta eleição de outubro também deverá ser a mais violenta da história.

Jair Messias e seu bando não aceitarão o resultado. Por isso se torna cada vez mais necessário que Lula vença no primeiro turno. Porque o cenário diante de um eventual segundo turno fará com que o país mergulhe num mar de violência desenfreada. E Marcelo Arruda terá sido apenas a primeira vítima de um ódio que se mistura com o temor da derrota.  

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