Cabeça de planilha mortificado

Nelson Barbosa achou que, como o crescimento ínfimo do PIB em 2014 resultaria em quase nenhum ganho real para o salário mínimo em 2016, esta seria a grande oportunidade de engambelar as direções sindicais e mudar a atual regra de reajuste, sem discussão

Nelson Barbosa achou que, como o crescimento ínfimo do PIB em 2014 resultaria em quase nenhum ganho real para o salário mínimo em 2016, esta seria a grande oportunidade de engambelar as direções sindicais e mudar a atual regra de reajuste, sem discussão
Nelson Barbosa achou que, como o crescimento ínfimo do PIB em 2014 resultaria em quase nenhum ganho real para o salário mínimo em 2016, esta seria a grande oportunidade de engambelar as direções sindicais e mudar a atual regra de reajuste, sem discussão (Foto: João Guilherme Vargas Netto)


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Diz o ditado que esperteza quando é muita come o dono. O cabeça de planilha Nelson Barbosa achou que, como o crescimento ínfimo do PIB em 2014 resultaria em quase nenhum ganho real para o salário mínimo em 2016, esta seria a grande oportunidade de engambelar as direções sindicais e mudar a atual regra de reajuste, sem discussão.

Embora garantindo ganho real, o esperto cabeça de planilha tinha como ideias um amontoado de regras alternativas que, todas, mesmo acrescentadas à inflação, diminuiriam o ritmo de recuperação do poder de compra do salário mínimo. São elas:

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1. Acrescentando à inflação o crescimento do PIB per capita, que, por definição é sempre menor que o crescimento do PIB, a menos que haja (o que não ocorre) uma fortíssima distribuição de renda ou que a população diminua dramaticamente;

2. Acrescentando à inflação a média dos ganhos reais de todos os salários, mantendo o salário mínimo em um valor equivalente a 40% da média dos salários, o que invalida por definição a política de valorização do salário mínimo que vem acontecendo;

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3. Acrescentando à inflação o aumento da produtividade, a ser estabelecido, o que voltaria a colocar o ritmo de recuperação do valor do salário mínimo sob o comando dos cabeças de planilha que arbitrariam a produtividade, já que este indicador é sujeito a inúmeras e interessadas interpretações e medidas.

Mas as direções sindicais enfezadas não morderam a isca e, sobretudo, a presidente Dilma, que persiste em não arrochar salários, compreendendo o alcance nefasto da proposta e sua inoportunidade, deu um contra-vapor.

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As centrais sindicais devem valorizar este feito e exigir, o quanto antes, discussões responsáveis com a presidente e suas equipes.

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