Bruno Júlio é o espelho do governo Temer
Um espécie de seleção da escória da política, reunindo de notórios corruptos a trastes de todos os tipos, a equipe de Temer tem em comum a ojeriza aos menos favorecidos
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Para quem se indignou com a criminosa declaração do então secretário nacional da Juventude de Temer, Bruno Júlio, defendendo um massacre de presos por semana, um alerta : o secretário só foi afastado porque falou em público o que não devia, pois, com toda a certeza, a eliminação física de detentos não incomoda parte significativa dos integrantes do governo Temer.
Exemplo: pelo seu histórico de violações de direitos humanos, quando comandava a segurança pública de São Paulo, alguém, em sã consciência, pode achar que faz parte do rol de preocupações do ministro da Justiça do governo golpista, Alexandre Moraes, os depósitos de "lixo humano" que são os presídios brasileiros ?
Um espécie de seleção da escória da política, reunindo de notórios corruptos a trastes de todos os tipos, a equipe de Temer tem em comum a ojeriza aos menos favorecidos. Por isso, preconiza um país para, no máximo, 40 milhões de pessoas. Não é à toa que lançaram uma ofensiva sem precedentes contra os direitos sociais, previdenciários e trabalhistas. Os pobres que se danem. Eles não cabem no orçamento nem no Brasil dos sonhos de Temer e seus auxiliares.
Parte expressiva da população brasileira teve o vírus do ódio e da intolerância inoculado em seu organismo pela mídia monopolista. Isso a faz aplaudir políticas de extermínio de criminosos, e até carnificina de apenados, seguidora que é da consigna fascista segundo a qual "bandido bom é bandido morto". E é justamente essa grave doença social que respalda a pregação virulentamente contrária aos direitos humanos daqueles que infringiram a lei, ou até mesmo de suspeitos e réus ainda não sentenciados.
E não nos iludamos : o governo Temer está repleto de gente com esse nível de deformação. A reação tardia do golpista que roubou a cadeira da presidenta Dilma, na qual esbanjou bobagens e disparates, a negativa de ajuda à Roraima por parte do ministro da Justiça, além da ausência absoluta de quaisquer manifestações de outros ministros deplorando o massacre, só reafirmam a desqualificação moral e o caráter indigente em termos humanos e sociais dos que ocupam o Palácio do Planalto e os ministérios.
Imagina se as vergonhosas condições carcerárias dos nossos presídios importa para quem congelou gastos com saúde e educação por 20 anos. Imagina se os que acabaram com a política de valorização do salário mínima dão a mínima para o padecimento da "merda de gente"que superlota as cadeias. Imagina se os que querem impedir a aposentadoria de trabalhadores e trabalhadoras perdem o sono com decapitações e esquartejamentos de presos sob custódia do Estado. Essas convicções, no entanto, só não podem vazar para o distinto público. Se não, o emprego vai embora.
Fora Temer, Diretas Já !
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