Briga de aeroporto mostra nova temperatura política

Vídeos do conflito entre o senador José Aníbal (PSDB-SP) e o advogado Bruno Ribeiro de Lima, que o chamou de "golpista" e "traidor da democracia" no aeroporto de Brasília, mostram uma agressividade maior do se divulgou inicialmente e indicam nova temperatura política do país, desfavorável ao governo interino de Michel Temer e seus aliados; a análise é do colunista do 247, Paulo Moreira Leite; ele pontua que este "é o quarto caso de hostilidade em pouco mais de um mês"; "As imagens disponíveis mostram um senador bem mais agressivo, capaz de avançar várias vezes sobre Bruno. Numa das vezes, exibe um jornal na mão. Em outro momento, empurra o advogado e faz movimentos para lhe dar um tapa -- que a câmara não registra inteiramente", relata; confira os vídeos

Vídeos do conflito entre o senador José Aníbal (PSDB-SP) e o advogado Bruno Ribeiro de Lima, que o chamou de "golpista" e "traidor da democracia" no aeroporto de Brasília, mostram uma agressividade maior do se divulgou inicialmente e indicam nova temperatura política do país, desfavorável ao governo interino de Michel Temer e seus aliados; a análise é do colunista do 247, Paulo Moreira Leite; ele pontua que este "é o quarto caso de hostilidade em pouco mais de um mês"; "As imagens disponíveis mostram um senador bem mais agressivo, capaz de avançar várias vezes sobre Bruno. Numa das vezes, exibe um jornal na mão. Em outro momento, empurra o advogado e faz movimentos para lhe dar um tapa -- que a câmara não registra inteiramente", relata; confira os vídeos
Vídeos do conflito entre o senador José Aníbal (PSDB-SP) e o advogado Bruno Ribeiro de Lima, que o chamou de "golpista" e "traidor da democracia" no aeroporto de Brasília, mostram uma agressividade maior do se divulgou inicialmente e indicam nova temperatura política do país, desfavorável ao governo interino de Michel Temer e seus aliados; a análise é do colunista do 247, Paulo Moreira Leite; ele pontua que este "é o quarto caso de hostilidade em pouco mais de um mês"; "As imagens disponíveis mostram um senador bem mais agressivo, capaz de avançar várias vezes sobre Bruno. Numa das vezes, exibe um jornal na mão. Em outro momento, empurra o advogado e faz movimentos para lhe dar um tapa -- que a câmara não registra inteiramente", relata; confira os vídeos (Foto: Paulo Moreira Leite)


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O conflito entre o senador José Aníbal (PSDB-SP) e o advogado Bruno Rodrigues de Lima, que o chamou de "golpista" e "traidor do Brasil" na manhã de ontem, na área próxima do desembarque de passageiros do  Aeroporto JK, em Brasília, é um retrato atualizado do momento político brasileiro.

Para quem se habituou, desde o julgamento da AP 470, também conhecida como Mensalão, a assistir ao linchamento moral de personalidades ligadas ao governo Lula e ao Partido dos Trabalhadores, a cena mostra uma situação oposta. José Aníbal foi o quarto caso de político ligado ao presidente interino Michel Temer que foi hostilizado publicamente.

Não é pouca coisa, quando se considera que Temer mal completou 30 dias de interinidade e, em teoria, teria uma imagem sem manchas nem desgastes para oferecer ao eleitorado.

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Suplente empossado no cargo há pouco mais de um mês -- depois que o titular José Serra foi nomeado por Michel Temer para o Itamaraty -- ao desembarcar na Capital Federal José Anibal ouviu xingamentos equivalentes aos que eram dirigidos aos petistas.

"O menino só falava a verdade," garantiu ao 247 um motorista que havia deixado um cliente no aeroporto e preparava-se para ir embora quando ouviu os gritos de Anibal e resolveu registrar o que via na câmara do celular, produzindo um dos vídeos que acompanham essa reportagem. "O político estava completamente descontrolado."

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Em declarações publicadas no portal G1, Aníbal disse: “ele me xingou de ladrão, eu xinguei ele de volta. Fui pra cima dele não para agredir, mas para interpelar. Dei um chute na mala dele e ele escorregou, quase caiu. Eu estava com uma página de jornal na mão, mas não o agredi”.

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As imagens disponíveis mostram um senador bem mais agressivo, capaz de avançar várias vezes sobre Bruno. Numa das vezes, exibe um jornal na mão. Em outro momento,  empurra o advogado e faz movimentos para lhe dar um tapa -- que a câmara não registra inteiramente.   

"José Anibal só não me atingiu porque eu me protegi com o braço," diz o advogado, que faz curso de Direito na Universidade de Brasília e naquele momento pretendia embarcar para Salvador, onde tinha uma causa a defender.

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O conflito de Brasília irá prosseguir na Justiça. Bruno já registrou queixa e é provável que o senador tome uma iniciativa equivalente.

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A questão é política, porém, e gera um sinal negativo para o governo Temer, até porque não faltam antecedentes.  

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No domingo, Paulinho da Força e Beto Mansur foram vaiados durante um voo São Paulo-Brasília. Uma semana atrás, Henrique Eduardo Alves, ainda ministro do Turismo, foi obrigado a trancar-se no banheiro de um avião para fugir de vaias. Em maio, quando desembarcou em Manaus após a aprovação do pedido de impeachment pela Câmara, o deputado Pauderney Avelino enfrentou situação semelhante.

O protesto de Bruno Rodrigues de Lima teve  um caráter individual, improvisado, como se vê pelas imagens.

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Contudo a experiência ensina que nem sempre essas manifestações podem ser consideradas inteiramente espontâneas.

Em vários casos,  tanto os protestos contra integrantes do governo Lula-Dilma como aqueles que atingiram Temer e seus aliados tiveram a participação direta das partes interessadas.

A questão é saber como se portam aquelas pessoas que fazem o papel de platéia e  apenas assistem  ao conflito. Podem mostrar-se solidárias com um dos lados e adversárias de outro. Ontem, quando José Aníbal chegou a dizer que estava sendo agredido por "petistas", uma senhora que a tudo assistia, calada, reagiu:

-- Não é só petista não, disse.

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