Brasil violento e furioso

(Foto: Pixabay)


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Vivemos uma plutocracia que se entranhou nas vias urbanas, em domicílios e até no mundo digital. Plutocracia que em grego significa  "riqueza" e "poder", nos diz mais sobre uma sociedade controlada pelas grande riqueza. Normalmente o senso comum já sabe que as grandes empresas e políticos não se importam com o ser humano e sim com seus lucros pessoais. Mas a ascensão da extrema direita no Brasil e no mundo acentuou a violência como forma de governar. O tempo inteiro, estamos sendo estimulados ao enfrentamento, onde a violência é resposta para tudo. Seja na igreja pentecostal chefiada por ex-detentos que pedem para destruírem terreiros de umbanda, seja na política onde Bolsonaro facilita o comércio de armas e pede para exterminarem a “petralhada”.

Via de regra, a concentração de poder nas mãos da elite econômica é sempre acompanhada de desigualdade de renda, temos um país que experimentou uma ascensão social e agora voltou para o mapa da fome. Isso traz muita revolta da população e um estímulo por outro lado do caos e medo. A violência acaba na ponta mais fraca, que acaba em feminicídio e crimes contra minorias. Aliás, Foucault dizia que na natureza existem dois tipos: Os seres viventes e as regras, dispositivos. Na dança da sociedade, até orgias precisam de regras. No Brasil, as regras parecem difusas. Aqueles mais ricos, que estão do lado de quem estão no poder, seja de esquerda ou extrema direita, que paga o menor imposto sobre herança do mundo, nunca será preso. A não ser que traia seu grupo plutocrático. 

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Os mesmos dispositivos da plutocracia são como de uma casa de tolerância. Tudo é permitido. Pode até zoofilia, mas há de se respeitar um limite pré-estabelecido entre cavaleiros. Tal qual a cena do filme Bachelor Party, chamado aqui de “Última festa de solteiro”, com Tom Hanks. Tudo aconteceu naquela festa, menos o noivo Rick Gasko transar com alguém ou alguma coisa. E isso foi respeitado. O problema que a extrema direita não respeita nada e o sistema fica conivente com absolutamente todos os absurdos. O pior deles é a aceleração da violência. 

Além de estarmos passando por uma grande escalada do ódio, estamos no início das campanhas eleitorais, onde iremos atravessar o período de maior violência política da história. Ameaças agora são de morte a candidatos de esquerda bem posicionados na campanha, como o presidente Lula. Os dados do IPEA , no seu Atlas da violência, mostram os dados de aumento significativo das mortes urbanas por motivo fútil. O exemplo desse aumento gerado pelo incentivo do presidente na população, principalmente seus apoiadores é a morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, por um policial bolsonarista.

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Alexandre de Moraes fez um discurso contundente contra a violência política, ataques contra a democracia e fakenews. Todos aplaudiram. Menos Michele Bolsonaro e seu marido. Não devemos normalizar esse ódio. Esse tempo onde foram brutalmente exterminados Genivaldo pela PRF, Marielle, Maxciel, Dom Philips e Bruno Pereira deve ser combatido. A resposta pela América Latina foi através do voto popular, onde retiraram todos os Neoliberais do poder e aqui está caminhando  para o mesmo, dado as pesquisas de opinião pública. É claro, que a extrema direita não será varrida do mundo, eles experimentaram a volta ao poder depois de um período de sombras, que agora praticam crimes sem se importar com nada, como no caso do escritor Salman Rushdie, esfaqueado quando iria dar uma palestra.

Que o combate ao ódio comece nas escolas, numa gestão pública mais humana, onde privilegie o ser humano e não o capital, para que entendam a combater todos os tipos de abusos, físicos e verbais. Teremos meses muito turbulentos ainda, vamos segurar na mão do outro e seguir o baile.

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