Brasil: o império de novos donatários
Uma gama considerável dos duzentos e dez milhões de brasileiros despendem parte de seus irrisórios salários dizimando e ofertando para sustentar a vida milionária de uma seleta casta de pastores e colaterais que se dizem missionários de Jesus
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O Brasil se encontra maquiado por uma fina camada de base democrática.
Infelizmente existem donatários chefiando faixas de terras e faixas de mentes no país. Garantir plenos poderes para uma “Coroa Americana” através de hereditariedade de sangue ou por afinidade de poderio vigente é uma necessidade deste “Novo Mercantilismo” senhorial que difere do Mercantilismo genuíno do século XVI; apenas pelo simples fato de aquele avançar por mares dantes navegáveis (com a sede do metalismo), em sua conquista econômica. Já nesta nova versão - o avanço é através de um oceano de Fake News e abençoado por crucifixos de Ministérios que só possuem humanidade de direito; no título.
O ouro como sempre é de suma importância, mesmo que tenha se transformado em capital aplicado e reprodutivo. Somos colonizados e conformados por tantos séculos de exploração, mas no hoje nossos “jesuítas” são pastores que arrecadam rios de dinheiro através de uma teoria da prosperidade que mata seus fiéis de fome.
Uma gama considerável dos duzentos e dez milhões de brasileiros despendem parte de seus irrisórios salários dizimando e ofertando para sustentar a vida milionária de uma seleta casta de pastores e colaterais que se dizem missionários de Jesus.
Segundo Mateus 8.20 “As raposas tem covis, e as aves do céu tem ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Tal afirmativa por parte de Cristo demonstra o quanto o mestre em questão: aquele que ressuscitou Lázaro, após quatro dias de morto, e que também deu a vista a um cego de nascença chamado Bartimeu – Nunca pediu um tostão a ninguém para realizar tais feitos maravilhosos.
Vivemos assim em meio a guerrilhas religiosas, em um país cuja maioria de imóveis pertence à Igreja Católica: riquíssima. Sobrevivemos com as migalhas que caem da mesa do senhor de engenho secular que na realidade nunca entrou em extinção no quadro anacrônico de uma sociedade de classes que trabalha duro para mal e mal conseguir se nutrir.
A carência alimentar brasileira traz um dado alarmante: Treze milhões de pessoas passam forme no Brasil. E diante deste resultado pesquisado calculamos o quanto estamos a anos-luz de sermos um país feliz. Dentro do ranking de felicidade da ONU, ficamos (em 2019) na trigésima segunda posição. O salário chamado de “mínimo” se constitui em um “estupro” ao indivíduo, que morre no tronco da falta de vitaminas e proteínas necessárias à vida.
A invenção do “salário mínimo” veio pelas mãos do Getúlio Vargas na década de 1930 e por decreto de lei. Tal desmerecido teto mais parece uma marca a ferro e fogo para cada novo “gado”, ou novo trabalhador instituído para labutar de forma restrita no pano de fundo de um sistema impiedosamente escravocrata ou trabalhista.
A luta de classes VEIO, VIU e VENCEU. E os “Júlios Césares” que comandam esta pseudo-nação (que parece alternar donatários, e não líderes) descem suas mãos (impiedosamente) através de uma política exitosa de pão e circo (alienante) e peculiar de um Império que mantém seus legisladores no cabresto.
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