Brasil nunca mais

Lamenta-se que o analfabetismo histórico reivindique irresponsavelmente a volta ao poder dos que têm as digitais de crimes contra a humanidade. O que dizer às famílias que perderam seus entes queridos nos porões da insanidade do regime militar?

Lamenta-se que o analfabetismo histórico reivindique irresponsavelmente a volta ao poder dos que têm as digitais de crimes contra a humanidade. O que dizer às famílias que perderam seus entes queridos nos porões da insanidade do regime militar?
Lamenta-se que o analfabetismo histórico reivindique irresponsavelmente a volta ao poder dos que têm as digitais de crimes contra a humanidade. O que dizer às famílias que perderam seus entes queridos nos porões da insanidade do regime militar? (Foto: Henrique Matthiesen)


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As contemporâneas gerações não coexistiram num tempo em que discordar era sinônimo de tortura, assassinato, perseguição. Sim, tivemos uma ditadura que cometeu crimes hediondos contra os brasileiros e brasileiras.

Incautos ignorantes aqueles que vituperam a memória dos que tombaram nos porões da ditadura. Ao pedirem a volta dos militares demonstram o grau de nossa patologia.

Os semeadores de intolerância no Brasil agem irresponsavelmente numa cruzada bestial de retrocessos de direitos fundamentais, em especial, sobre a dignidade da pessoa humana.

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É urgente relembrarmos o que eram e o que faziam: o DOI-CODI, os atos institucionais, ou melhor, o que era pau-de-arara, cadeira do dragão, choque elétrico, entre outras barbaridades, que os militares usaram contra seus opositores.

Insultar a memória dos que ousaram sonhar com democracia, com liberdade, é um ato desesperado daqueles que não têm voto, dos que não têm propostas, dos que não têm consciência política, dos que são incivilizados, e não sabem o valor da democracia.

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Ressalta-se neste momento de obscurantismo que foi o regime militar que pariu figuras como Paulo Maluf, Antonio Carlos Magalhães, José Sarney, dentre outros arautos, de nossa imoralidade.

Na corrupção, sob a proteção da censura e do medo, os crimes praticados efetivavam-se em todas as esferas de poder - municipal, estadual e federal-; obras como a construção da Ponte – Rio- Niterói, a Ferrovia do Aço, a Transamazônica, a usina nuclear de Angra dos Reis, entre outras, têm as digitais da farra do dinheiro público.

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Lamenta-se que o analfabetismo histórico reivindique irresponsavelmente a volta ao poder dos que têm as digitais de crimes contra a humanidade.

O que dizer às famílias que perderam seus entes queridos nos porões da insanidade do regime militar?

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Como justificar os estupros contra meninas, o desaparecimento de cidadãos brasileiros, os choques elétricos, as valas comuns ?

Deplorável primitivismo dos que vislumbram essa possibilidade alienada.

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Não conseguem perceber que o mundo mudou, e que não é mais possível termos um país, com as dimensões e importância do Brasil, ser dirigido por uma ditadura como a que tivemos com os militares.

Resgato a célebre frase de Dom Paulo Evaristo Arns, neste momento de inflexão: "Deus nos preserve de males semelhantes àqueles que tivemos de suportar".

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Afinal esse Brasil medieval, nunca mais.

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