Brasil não tem mais medo de Bolsonaro
"Chegou a hora de ele e seus filhos sentirem medo de nós. Eles são quatro e nós, 200 milhões", escreve Alex Solnik
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Bolsonaro passou dois anos e nove meses de seu mandato ameaçando implantar uma ditadura militar.
Os sinais eram inequívocos.
Ele era saudosista da linha dura do regime militar de 64. Seu ídolo é um torturador. Loteou o governo com militares. Estimulava seus aliados a pedirem intervenção militar, a atacarem o STF e o Congresso.
Seu filho dizia que fechar o Supremo era moleza: bastava chamar um soldado e um cabo. Outro espalhava fake news contra a democracia.
Bolsonaro repetia que o Exército era dele e faria o que ele mandasse. Seus passeios de moto remetiam a Mussolini.
A farsa foi desmontada no dia 7 de setembro.
Para impedir o início imediato do processo de impeachment, recorreu à cartinha do Temer. Baixou o tom dos discursos. Não era mais o todo poderoso.
O Brasil percebeu que ele não tinha nenhuma carta na manga. O Exército não era “dele” e não ia embarcar em aventuras golpistas.
Desde então os brasileiros não têm mais medo dele.
Prova disso foi sua visita a Aparecida do Norte dia 12. Ele foi xingado e ameaçado pela população. Não por militantes de esquerda. Teve que ser protegido por um cordão policial e por maletas à prova de balas de seus seguranças.
Ontem, ao desembarcar no posto de vacinação, em Brasília, para a segunda dose, Flávio Bolsonaro foi recebido com gritos de “bandido”, “assassino”, “ladrão” e outros epítetos.
Chegou a hora de ele e seus filhos sentirem medo de nós. Eles são quatro e nós, 200 milhões.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247