Brasil faz com negros o que Alemanha fez com judeus

"Primeiro, a segregação. Depois, o extermínio. Havia então uma clara questão racial: aos olhos dos nazistas os judeus eram "inferiores" porque não eram brancos puros, como eles", escreve Alex Solnik; "Há quem diga que o Brasil vive um apartheid velado. Não por acaso há muito mais desempregados negros do que brancos. Não por acaso muito mais jovens negros são assassinados pela polícia. Não por acaso há muito mais negros do que brancos nos presídios", destaca; "Graças à visão pouco esclarecida da imprensa, temos impressão de que a guerra que se trava no Brasil é esquerda versus direita. PT versus Temer. Não, senhores. Há uma guerra muito maior em curso, muito mais letal, entre brancos e negros", afirma o jornalista

"Primeiro, a segregação. Depois, o extermínio. Havia então uma clara questão racial: aos olhos dos nazistas os judeus eram "inferiores" porque não eram brancos puros, como eles", escreve Alex Solnik; "Há quem diga que o Brasil vive um apartheid velado. Não por acaso há muito mais desempregados negros do que brancos. Não por acaso muito mais jovens negros são assassinados pela polícia. Não por acaso há muito mais negros do que brancos nos presídios", destaca; "Graças à visão pouco esclarecida da imprensa, temos impressão de que a guerra que se trava no Brasil é esquerda versus direita. PT versus Temer. Não, senhores. Há uma guerra muito maior em curso, muito mais letal, entre brancos e negros", afirma o jornalista
"Primeiro, a segregação. Depois, o extermínio. Havia então uma clara questão racial: aos olhos dos nazistas os judeus eram "inferiores" porque não eram brancos puros, como eles", escreve Alex Solnik; "Há quem diga que o Brasil vive um apartheid velado. Não por acaso há muito mais desempregados negros do que brancos. Não por acaso muito mais jovens negros são assassinados pela polícia. Não por acaso há muito mais negros do que brancos nos presídios", destaca; "Graças à visão pouco esclarecida da imprensa, temos impressão de que a guerra que se trava no Brasil é esquerda versus direita. PT versus Temer. Não, senhores. Há uma guerra muito maior em curso, muito mais letal, entre brancos e negros", afirma o jornalista (Foto: Alex Solnik)


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O Brasil está fazendo com os negros a mesma coisa que a Alemanha nazista fez com os judeus.

Primeiro, a segregação. Depois, o extermínio.

Havia então uma clara questão racial: aos olhos dos nazistas os judeus eram "inferiores" porque não eram brancos puros, como eles.

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Os judeus são morenos.

Tal como os alemães em 1934 achavam normal judeus serem obrigados a usar uma estrela de seis pontas para identifica-los e não se importavam com espancamentos, linchamentos e ataques a propriedades de judeus, os brasileiros brancos não se impressionam com insultos ou violência contra negros, seja de cidadãos comuns ou policiais.

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Acham normal.

"Ah, se o negro tomou tiro da polícia foi porque fez alguma coisa errada" é o primeiro pensamento que vêm à cabeça do branco.

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Por razões óbvias, não foi preciso obrigar os negros a usarem uma estrela de seis pontas, é fácil identificá-los.

Tal como os judeus foram segregados em guetos, os negros são segregados em favelas. E para deixar clara a segregação em cidades como o Rio de Janeiro, o cartão postal do país, as favelas foram cercadas e ocupadas pela Polícia Militar.

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A questão negra nunca foi discutida e muito menos solucionada, ao contrário, torna-se cada vez mais grave e a situação atual já pode ser classificada de genocídio.

Há quem diga que o Brasil vive um apartheid velado.

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Não por acaso há muito mais desempregados negros do que brancos.

Não por acaso muito mais jovens negros são assassinados pela polícia.

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Não por acaso há muito mais negros do que brancos nos presídios.

A ponta do iceberg são os insultos que surgem de vez em quando num campo de futebol ou em bocas tais como as de William Waack, Cesar Benjamin, Laerte Rímoli que não percebem que ajudam a disseminar o ódio.

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Pessoas como Bolsonaro, como Wagner Montes, como tantos outros que consagraram a frase "bandido bom é bandido morto" querem dizer, na verdade, "negro bom é negro morto".

Mas não podem exprimir em palavras esse pensamento homicida.

A justificativa dos brancos para ódio contra os negros é que há muitos bandidos negros. E há mesmo. E não poderia ser de outra feita dada a segregação que sofreram desde a data da abolição a 13 de maio de 1888.

Não houve abolição de verdade.

O que houve foi uma espécie de demissão coletiva sem direito a nenhuma indenização.

"Vocês estão livres, podem ir embora" disseram-lhes seus senhores, em vez de passarem a pagar salários e mantê-los em suas propriedades.

E assim, sem dinheiro, sem roupa, sem comida, milhões de negros e negras, crianças, jovens e velhos foram jogados na rua e que se virassem!

O que se pode fazer nessas circunstâncias? Pedir emprego na cidade? Mas será que havia emprego para negros? Roubar? Assaltar? Prostituir-se? O que fazer para matar a fome, dormir sob um teto, sobreviver?

Negros se tornaram bandidos, negras se tornaram prostitutas porque não conseguiriam sobreviver de outra maneira.

Nem o estado nem os cidadãos brasileiros jamais consideraram sequer que isso era um problema. Os negros não queriam liberdade? Pois lhes demos. O que querem mais?

O ódio contra o PT – primeiro partido no poder que lançou o olhar sobre o problema dos negros – que a classe média propaga deve-se muito às quotas que os presidentes Lula e Dilma estabeleceram para eles.

Os brancos (imbecis) subiram nas tamancas. Chamaram de privilégio e injustiça!

Você passa 388 anos explorando, maltratando e segregando e quando um presidente da República faz o mínimo, propõe quotas para negros em universidades para lhes dar oportunidade de vida melhor isso é taxado de privilégio!

Tal como os alemães, que não perceberam os talentos, gênios e ótimos trabalhadores que a Alemanha perdeu ao perseguir e tentar exterminar os judeus, os brasileiros não percebem o que eles mesmos estão perdendo ao segregar os negros – ou só perceberam em parte porque se o futebol brasileiro os segregasse (como segregou no início do século XX) não seríamos os melhores do mundo em alguma coisa.

Não podemos nos esquecer: somos os melhores do mundo em alguma coisa devido aos grandes futebolistas negros.

Somos reconhecidos em todo o planeta porque Pelé é brasileiro.

Graças à visão pouco esclarecida da imprensa, temos impressão de que a guerra que se trava no Brasil é esquerda versus direita. PT versus Temer.

Não, senhores. Há uma guerra muito maior em curso, muito mais letal, entre brancos e negros que tende a se intensificar se a sociedade não perceber a tempo que ela existe e faz mal não apenas às suas vítimas, mas a todos nós, porque ao segregar os negros o Brasil se condena a não prosperar.

Os nazistas não conseguiram exterminar os judeus.

Os bolsonaros não vão exterminar os negros.

Quanto antes essa guerra terminar mais ricos e felizes seremos todos nós.

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