Brasil: Antes e depois do Lulismo – A regressão
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Como conviver com o retrocesso? Como conceber que depois de ser apenas uma colônia da América Portuguesa, perpassando pelo golpe da Independência - enquanto nossos vizinhos da América Espanhola se libertavam das amarras de suas metrópoles para o Republicanismo - Nos colocou no palco do escravagismo e do colonialismo disfarçado pelo grito do Ipiranga... numa estratégia por parte das elites latifundiárias que partilhavam seu novo Brasil.
Depois do golpe da República, em 1889, o Brasil passou de mão em mão – Viu nascer uma constituição que na verdade tinha um cunho oligárquico, com a federalização de cada estado e continuísta no que tange o do voto aberto.
Até a Revolução de 1930, o povo continuava sob o chicote do senhor proprietário das terras; do café - que como elite dominante mandava e desmandava na política, até a Revolução de 1930 com a tomada de poder por parte de Getúlio Vargas – com ascendência de uma burguesia industrial, principalmente com o advento do golpe do Estado Novo: em 1937.
E Getúlio governou até 1945. E o presidente Gaspar Dutra aceitou as diretrizes norte-americanas, fechando o Partido Comunista, rompendo relações com a União Soviética em 1947 e incentivando a cassação de políticos considerados de esquerda. Para se aproximar mais ainda dos EUA, criou a Escola Superior de Guerra, tendo como modelo a War College, escola militar norte-americana. O alinhamento do Brasil ao bloco pró-note-americano forçou a reordenação de toda a política nacionalista construída durante o Estado Novo.
O presidente Vargas que ficara afastado por seis anos do poder executivo; volta pelos braços do povo nas eleições de 1951.
E aproximadamente após dois anos haveria um novo golpe – O golpe dos interesses norte-americanos que exigiam que qualquer tipo de nacionalismo fosse afastado da cena brasileira. E então as pressões sobre o então presidente Getúlio Vargas foram num crescendo até que ele proferiu que do Catete só sairia morto. Um manifesto encabeçado pelo brigadeiro Eduardo Gomes foi o estopim para uma saída histórica (ele deu um tiro no coração), saindo da vida para entrar para a história – no ano de 1954.
E a história continua seu curso, passa por um crescimento aparentemente modernista e progressista com Juscelino Kubitscheck eleito em 1955, depois com João Goulart e suas reformas de base, uma das razões para os militares tomarem conta do país: através da cassação de direitos civis, e governando através do autoritarismo, com uma duração repressiva de mais de duas décadas – E a política de esquerda foi sendo sufocada, e o povo que nos anos sessenta do século XX possuía 15,9 milhões de analfabetos – assisti a derrocada da democracia com o golpe de 1964.
E depois com os momentos de confisco da poupança com o governo Collor de Mello, ou o auge do neoliberalismo com FHC – o povo vence no ano de 2002, do século XXI e desfruta do Lulismo que redemocratizou o país: colocando comida na boca do faminto.
E agora? Agora estatisticamente o dado recente do IBGE diz que existe um por cento da população brasileira que detém cinquenta por cento da riqueza, estamos sob outro governo, eleito em 2018 – Não temos Ministério do Trabalho, e caminhamos para uma Reforma Previdenciária que perdeu sua característica histórica de seguridade social.
Nesta fase indolente, e obscura sob a égide de um arsenal de desmantelos dos três “PODRERES”, a constituição cidadã de 1988 corre o risco de vir a ser apenas uma peça no museu do holocausto.
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