Brasil ajoelha-se para a Burrice
"Governo Bolsonaro faz escárnio da capacidade humana de raciocinar e assina sua submissão à ignorância ao permitir que livros didáticos de estudantes do 6º ao 9º ano venham com erros de português, sem referências bibliográficas e sem a promoção de nossa diversidade racial e cultural", critica o jornalista Aquiles Lins, do Jornalistas pela Democracia; "Um governo obscurantista usa canais institucionais para devolver o Brasil ao século XVI e para atacar o conhecimento científico, permitindo que se ensine todo tipo de alucinação e charlatanismo do naipe do olavismo. Reação de qualquer brasileiro ou brasileira pensante é repudiar e cobrar a revogação desta medida"
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Por Aquiles Lins, do Jornalistas pela Democracia - O governo de Jair Bolsonaro já está implantando o projeto Escola Sem Partido na prática, sem projeto de lei aprovado, sem diálogo com sociedade.
No segundo dia de governo, o governo alterou o edital que regulamenta a aquisição de livros didáticos que serão entregues em 2020 para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental (leia mais).
Entre as atrocidades autorizadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), não será mais necessário que os materiais tenham referências bibliográficas, que abre espaço para conteúdos que não sejam baseados em pesquisas, já que não há necessidade de citação da origem do conteúdo.
Também foi retirado do PNLD o item que impedia publicidade e erros de revisão e impressão. Ou seja, livros podem vir "nas coxas", com erros de português. Poder Público admitir isso é um escárnio à capacidade humana de raciocinar, é a submissão à ignorância.
Como se não bastasse, estão censuradas todas as referência à violência contra a mulher, à promoção da cultura quilombola e dos povos do campo. As ilustrações dos livros não podem mais retratar "a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país".
Um governo obscurantista usa canais institucionais para devolver o Brasil ao século XVI e para atacar o conhecimento científico, permitindo que se ensine todo tipo de alucinação e charlatanismo do naipe do olavismo.
Reação de qualquer brasileiro ou brasileira pensante é repudiar e cobrar a revogação desta medida.
Atualização: Após polêmica, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez,decidiu anular o edital sobre livros didáticos que permitia publicidade, liberava erros de português e textos sem fonte. Segundo ele, havia "erros que foram detectados no documento cuja produção foi realizada pela gestão anterior do MEC e enviada ao FNDE em 28 de dezembro de 2018" (leia mais)
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