Boni não aceitou convite de Doria
Não tinha como alguém que trabalhou a vida toda com Roberto Marinho receber ordens de um jejuno na política. E ainda por cima ter que enfrentar protestos populares (por ter sido da Globo) e ter que se virar para fazer uma grande gestão com a merreca de verba da Cultura. Boni não precisa desse fracasso.
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Como já era esperado, Boni não aceitou convite de Doria para ser secretário de Cultura de São Paulo.
Ele foi elegante ao declarar que consultaria "as bases" antes de responder, mas nunca chegou a levar a proposta a sério. Hoje, véspera do anúncio de mais uma parte do secretariado ele viajou ao exterior.
Não tinha como alguém que já foi chamado pela mídia de "todo poderoso" ficar subordinado a um prefeito calouro e a um ministro da Cultura que ninguém conhece.
Não tinha como alguém que trabalhou a vida toda com Roberto Marinho receber ordens de um jejuno na política.
E ainda por cima ter que enfrentar protestos populares (por ter sido da Globo) e ter que se virar para fazer uma grande gestão com a merreca de verba da Cultura.
Boni não precisa desse fracasso.
Talvez tenha também pesado o fato de ele ser amigo de Lula, de quem foi consultor informal na área de comunicação.
"Nem para substituir Temer" ele aceitaria entrar na política, disse um amigo próximo.
Eu soube que a história do convite começou porque Doria foi office-boy de Guga de Oliveira, irmão de Boni, na TV Tupi, em 1978. Guga já era um profissional experiente, aos 38 anos e Doria, aos 19, encarava seu primeiro emprego. Logo depois de ser eleito Doria convidou Guga para ser o secretário de Cultura. Apesar de não ter nada contra ele e até considerá-lo competente, Guga recusou de chofre, pois não aguenta levantar todo dia às 8 da manhã para cumprir uma agenda nem um pouco interessante.
Doria perguntou, então, se Boni aceitaria o posto. "É capaz de ele convidar você para ser secretário dele" previu Guga.
Não deu outra. Pena. Porque um cara inteligente na prefeitura de São Paulo nunca é demais.
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