Bom pra cachorro?



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Nestes dias descoloridos...

Não sei nem como estão os gatos do Parque do Flamengo, que há anos são cuidados, por pessoas que amam os animais, como eu também amo. O espaço é imenso, e os felinos estão sendo protegidos. Cresci em um lar, onde todos amavam e cuidavam dos animais: gatos, cachorros. E até um galo de estimação minha avó criou, ela trouxe de berço o amor aos animais: ela nascera na Alemanha, e me contava que diversas vezes apostava corrida com seu cachorro, um dia quase pisou no Rio Danúbio congelado... na ânsia de chegar primeiro que seu “fiel escudeiro" a sua casa; quando voltava da Escola, pois e o seu cãozinho quase todo dia ia lhe esperar na saída...

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God nunca te esquecerei” virou conto (classificado) em Antologia da Perse Editora no ano passado, e nasceu como”homenagem” a meu último gato, que desapareceu, me deixando mui triste: O Godzila.  

Bem, eu reafirmo: amo animais, assim como também zelo por toda a natureza, dentro da zona limítrofe que me sobrou, no rastro do descaso atual para com tão nobre “senhora” que como a etimologia expressa: “nasceu para gerar força”.

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Porém, esta semana houve um fato que me deixou perplexa e pesarosa, ao mesmo tempo: um cãozinho foi levado a uma reunião na Casa da governança federal, pelo então presidente do país. E o ato, me fez lembrar muito do Imperador romano Calígula. Para quem não sabe o imperador e militar, a época de sua gestão imperial em uma Roma D.C., nomeou Incitatus, seu cavalo predileto: como senador. E isso depreciou em muito os membros do Senado romano (nem todos amam os animais).

 "Sansão", nome do representante da espécie Canis familiaris, fez “caras e bocas” durante a solenidade, em que ilustríssimo chefe maior: intensifica as “sanções” a quem distratar animais. Nada contra, reitero, fico alegre de pensar que o ser humano precisa muito cuidar de seus “irmãos” como dizia São Francisco de Assis; apenas vejo que a contradição é cada vez mais gritante nos meandros de esta governança. As baixas no bioma da Amazônia e do Pantanal foram acachapantes. E ademais, percebo que com toda legislação vigente em prol de animais, inúmeros casos de extrema violência contra eles ainda ficam impunes e invisíveis à sociedade; quanto à “velha/nova" lei sancionada no dia 29; e eu espero que seja cumprida...  

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No entanto, (considero e observo) que bastava que a Lei federal 9.605/98, conhecida como Lei dos crimes ambientais fosse respeitada, e nenhum ato ou lei a mais precisaria se sancionado, como aparente divisor de águas, para “atirar areia nos olhos” de desavisados, a fim de angariar plateia e votos. Esta espetacularização do último dia 29 de setembro, no Palácio do Planalto, em Brasília não apagará as manchas de sangue no tapete da República; afinal desfrutamos uma era de impunidade declarada: Da morte do mestre Moa, perpassando pela morte de animais e vegetais “incinerados” no (Pantanal e Amazónia) até a morte de Marielle Franco e seu motorista.

A inocência de Sansão é notória; porém Leis e normas com suas brechas parecem ser para inglês ver..

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