Bolsonaro vira pato manco
"O que me pareceu é que o presidente aceitou virar figura decorativa, vai continuar com a caneta na mão, mas ela será guiada por seis mãos: as do presidente da Câmara, Rodrigo Maia; as do presidente do Senado, Davi Alcolumbre e as do presidente do STF, Dias Toffoli", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Os panelaços, buzinaços e outros “aços” contra Bolsonaro ocorridos ontem à noite nas principais cidades brasileiras com muita estridência querem dizer que os brasileiros não aguentam mais viver sob as ordens de um presidente desequilibrado, tresloucado, ignorante e hostil, principalmente em meio a uma crise dessas proporções que ele próprio negou até ver seu governo infectado.
Quem bateu panela ontem – e deverá continuar batendo – foi basicamente a mesma classe média que bateu panela contra a presidente Dilma em 2016 e que não confia mais no presidente atual.
Com máscara ou sem máscara, com teste positivo ou negativo para coronavírus ele perdeu as condições de governar.
Isso não significa, no entanto, que será alijado do cargo formalmente. Não é viável, do ponto de vista político encaminhar a sua queda em meio ao caos por meio de um impeachment.
O que me pareceu ontem é que o presidente aceitou virar figura decorativa, vai continuar com a caneta na mão, mas ela será guiada por seis mãos: as do presidente da Câmara, Rodrigo Maia; as do presidente do Senado, Davi Alcolumbre e as do presidente do STF, Dias Toffoli.
Bolsonaro entregou os anéis para salvar seus dedos.
Mas virou pato manco.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247