Bolsonaro usa a máquina pública e TSE e MPF cruzam os braços — É o voto estúpido!
"Nunca a República Federativa do Brasil precisou, em pleno segunda década do século XXI, tanto de democracia, desenvolvimento e paz", escreve Davis Sena Filho
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Por Davis Sena Filho
“O uso da máquina pública constitui abuso de poder político porque o candidato a utiliza em benefício próprio, desviando a finalidade do Estado para atender objetivos eleitorais” — (Advogado Antônio Megale, da LBS).
“Durante o dia, a gente tinha que exercer a nossa função principal, que era presidir o País. A gente não podia fazer acordo com prefeito, a gente não podia anunciar dinheiro, não podia anunciar plano. Ele (Bolsonaro) está fazendo tudo. Ele está agindo como se o Brasil fosse uma coisa particular dele, em que ele faz e desfaz do jeito que ele quer, na medida em que ele tenta ganhar voto” — (Luiz Inácio Lula da Silva, candidato a presidente pelo PT).
Lula fez essa comparação acima entre o período que ele foi presidente com o que está a fazer, sem respeitar as leis, Jair Bolsonaro à frente da Presidência, a se valer efetivamente do abuso de poder político e econômico, a ilegalmente fazer do Estado brasileiro sua plataforma eleitoral. Enquanto isso, o Procuradoria Geral da República (PGR) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agem com certa parcimônia, lentidão e omissão quanto aos abusos de Bolsonaro e de seu grupo, que se dispõe a afrontar a Constituição e as leis eleitorais.
Essas pessoas que atualmente controlam o poder central incorrem em crimes de forma recorrente, pois cometem sistematicamente fake news nas redes sociais, se movem nas ruas com violência aos adversários e usam o Estado nacional com seus poderosos recursos logísticos e financeiros para terem o máximo de votos e, quiçá, se reelegerem, obviamente, com a cumplicidade das instituições que deveriam coibir severamente as ações meramente eleitoreiras de Jair Bolsonaro.
Trata-se do presidente de extrema direita beneficiado pelo lavajatismo da imprensa do mercado de capitais e por um golpe de estado, em 2016, contra Dilma Rousseff e pela prisão de Lula, em 2018. O presidente do Centrão e do agronegócio, que é considerado fascista pela comunidade internacional e por isso tratado como pária, porque diplomaticamente isolado em âmbito mundial, além de ser tratado pelos governos e nações dos países mais importantes do mundo como um político de extrema direita de ímpeto golpista e aliado do fundamentalismo econômico e do fanatismo religioso, um processo draconiano que será, seguramente, objeto de muito estudo no decorrer de décadas.
A verdade é que Bolsonaro se aproveita da ignorância e se locupleta com o fanatismo político para proveito próprio, a se valer de pautas moralistas e reacionárias, sendo que muitas delas são baseadas em fake news, que tem por finalidade violar a democracia e o processo eleitoral, além de enfraquecer o Estado Democrático de Direito. Além disso, como afirmei antes, Jair Bolsonaro está a usar descaradamente a máquina pública para beneficiar sua candidatura à reeleição, sem ao menos ser questionado pelo MPF e pela Justiça.
De outro modo, tem-se a impressão que os procuradores, delegados e juízes ainda estão sob o efeito do funesto e tóxico lavajatismo, uma corruptela do macartismo estadunidense, a se alastrar como doença moral nos trópicos, que, criminosamente, fraudou a Justiça brasileira e, por sua vez, causou insegurança jurídica em todos os setores e segmentos da sociedade brasileira, inclusive a violar as garantias individuais e constitucionais dos cidadãos brasileiros.
Cidadãos que tiveram acesso às criminosas farsas, mentiras e armações perpetradas, vergonhosamente, por homens e mulheres com cargos e funções importantes no ordenamento republicano, a exemplo de delegados, procuradores e juízes, que ficaram desmoralizados perante seus diálogos divulgados pelo The Intercept Brasil e pelo hacker Walter Delgatti. Se satanás ouvisse os diálogos desses golpistas e traidores da Pátria, certamente que ele ficaria envergonhado por ser tão amador.
A verdade é que o lavajatismo é um câncer que destruiu e ainda destrói o tecido social e econômico, que é o alicerce da Constituição, da democracia e do Estado Democrático de Direito. Sem as pessoas não existe economia e sem economia não existe sociedade, bem como, evidentemente, que sem justiça não há paz. Se não há paz, nem Justiça e muito menos economia para sustentar dignamente toda a população brasileira, obviamente que os autores e responsáveis por toda essa mixórdia que deixa o Brasil e seu povo de joelhos terão o retorno certo.
Contudo, tal retorno acontece agora com a liderança de Lula em todas as pesquisas, no que se refere a vencer as eleições presidenciais no segundo turno, sendo que as votações serão realizadas no dia 30 de outubro, mas ninguém sabe como terminará, apesar do favoritismo do candidato de esquerda e do Partido dos Trabalhadores, o campo da extrema direita é politicamente muito forte, controla o dinheiro e a logística do Estado e o usa, inclusive criminosamente, para vencer as eleições.
E dou como exemplo desses crimes eleitorais, que o TSE e o MPF teimam não ver para crer os seguintes fatos evidenciados pelo governo de orientação fascista e ultraliberal:
1- Uso das dependências do Palácio da Alvorada por parte de Jair Bolsonaro para fazer indevidamente sua campanha eleitoral; 2- Medidas econômicas como o perdão de dívidas, com o apoio de banco público, principalmente a Caixa Econômica; 3- Aumento no número de servidores da PF e da PRF, cujos servidores são conhecidos como apoiadores de Bolsonaro; 4- Anúncios de ações feitas com a presença de autoridades do governo, por meio de gastos públicos e uso constante de comunicação institucional; 5- Uso político-eleitoral de datas cívicas, como o Dia 7 de Setembro e o Dia da Independência do Brasil, em evento público na Esplanada dos Ministérios, por intermédio de comícios e repercussão deles pelas redes sociais; e 7- Bolsonaro fez política eleitoral com seu discurso na ONU e em sua ida ao funeral da rainha Elizabeth II, na Inglaterra, quando fez pronunciamento aos seus apoiadores (campanha eleitoral ilegal) de uma das janelas da residência do embaixador brasileiro em Londres. .
Lula na liderança é uma realidade atroz para a extrema direita, que tentou destruí-lo politicamente e moralmente, mas que somente chegou ao poder central por intermédio de um golpe de estado e da máquina de lavagem cerebral do sistema midiático privado, controlado pelos magnatas bilionários de imprensa e proprietários de todas as mídias cruzadas e oligopolizadas, a ter à frente desse processo dantesco os irmãos Marinho, que pariram irresponsavelmente e levianamente o fascismo bolsonarista e lavajatista, que está solto nas ruas a afrontar a civilização.
Os Marinho o são, antes de tudo e qualquer coisa, banqueiro e ministro Paulo Guedes e sua política econômica diabolicamente destruidora da vida brasileira, a tirar-lhe malevolamente o direito até de comer. Os Marinho odeiam secularmente os trabalhistas de Getúlio a Dilma, que estão na companhia histórica de Jango, Brizola e Lula. Os Marinho são a ponta de lança diabólica do lavajatismo corrupto e golpista, usurpador e traidor. A Lava Jato é ladra e carrasca do Brasil!
O lavajatismo é em essência a anti-justiça, assim como é tão sórdido e infame quanto ao bolsonarismo protofascista, que se alimentou com o apoio e a influência da imprensa familiar e comercial junto às massas, sendo que força midiática perigosa à estabilidade institucional, pois associada umbilicalmente aos interesses dos conglomerados econômicos e financeiros nacionais e estrangeiros. E, por fim, deu-se o golpe contra Dilma Rousseff e, com efeito, efetivou-se a prisão de Lula.
E toda a porcaria que infecta de morte este País tem por principais responsáveis os juízes dos tribunais superiores, leia-se STF e STJ, além do TSE, que cassou o direito de Lula ser candidato a presidente em 2018, assim como tais magistrados permitiram que delinquentes de altas periculosidades chafurdassem no lamaçal poder e fétido da Lava Jato e assombrassem o País legal e constitucional, a intimidar e ameaçar a sociedade civil organizada, em uma verdadeira caça às bruxas, que, repito, foi tão grave e nocivo quanto ao macartismo norte-americano.
A real história não tem lado e se incumbirá de comprovar o que eu tenho dito desde 2005, quando tentaram um golpe de estado contra o Lula e depois, em 2013, quando aconteceram as primeiras micaretas de direita travestidas de protestos contra a presidente legítima e constitucional Dilma Rousseff. Contudo, a cumplicidade por parte da Justiça e do MPF quanto ao uso da máquina pública por parte de Bolsonaro continua, sendo que a intenção é favorecer as ações ilegais dignas de canalhas por parte de membros do desgoverno militarista, a incluir o presidente, realidades que se tornam factíveis por meio de incontáveis farsas.
Farsas e golpes que violam o processo político-eleitoral deste País, que acarretou a ascensão do fascismo ao poder central, além de favorecer a eleição de candidatos ideologicamente fundamentalistas, pois associados à religião, ao militarismo e ao neoliberalismo, que brutalmente concentra renda e riqueza, além de propiciar o desmonte criminoso do estado nacional. É vergonhoso o que se vê e quando se percebe nitidamente que as ações governamentais para “ajudar” os trabalhadores e as famílias brasileiras são essencialmente eleitoreiras, a exemplo do Auxílio Brasil de R$ 600,00 com prazo para terminar no fim do ano.
Todo o dinheiro distribuído pelo governo extremista que passou quase quatro anos sem valorizar e melhorar as condições de vida dos trabalhadores é oriundo do próprio bolso do trabalhador. O pacote de “benefícios” lançado pelo governo fascista e ultraliberal, ressalto, injeta dinheiro dos próprios trabalhadores na economia. E explico: as medidas incluem a liberação do FGTS, a ampliação de empréstimos consignados, a efetivação de programa de microcrédito, e a antecipação do 13º de pensionistas e aposentados. Ou seja, os trabalhadores que estão realmente a financiar o vergonhoso e imoral pacote eleitoral e de “benesses” de um desgoverno que já entrou para a história do País como o pior e o mais perverso de todos os tempos, sem dúvida alguma. Depois vem a conta (altíssima) para o trabalhador e o aposentado. Quem viver verá!
E dando os trâmites por findos, quero afirmar que se o Estado (TSE/MPF) não garantir isonomia entre os candidatos a presidente da República, realmente o Estado fracassou. Lula e seus aliados não estão a enfrentar um candidato normal, democrático e que preza pelo estado de direito. Não. Lula está a enfrentar o fascista e negacionista Bolsonaro, o político do vale tudo e que não tem limites, pois de índole e caráter ditatoriais.
Enfrentar o Estado brasileiro não é brincadeira, porque rico e poderoso, além de impiedoso quando nas mãos de um absolutista que não teve compaixão pela morte de quase 700 mil brasileiros. Se o TSE e o MPF não tomarem as medidas necessárias com celeridade e severidade, o Brasil afunda de vez para retroceder em todos os seus marcos civilizatórios de uma forma tão violenta que será necessário à grande parte da sociedade viver em modo de resistência para não morrer de fome, de desalento, de desassossego, de injustiça, de inconformidade, de tristeza, de revolta e de raiva.
Nunca a República Federativa do Brasil precisou, em pleno segunda década do século XXI, tanto de democracia, desenvolvimento e paz. A verdade é que no momento Bolsonaro está a usar a máquina pública para fins eleitorais e o TSE e o MPF cruzam os braços. Trata-se do voto estúpido! É isso aí.
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